sábado, 20 de fevereiro de 2016

Professoras!!! Onde andais?


Professoras!!! Onde andais?

O post que a seguir transcrevo foi escrito pelo Alexandre Henriques, do blogue ComRegras, blogue onde sou colaboradora desde Janeiro. O problema da quase inexistência de blogosfera docente feminina não foi levantado por mim originalmente já que, confesso, só pensei nele depois de ler o artigo saído no DN, em Setembro de 2014, que partilhei no post Os Gurus da Blogosfera Docente e a Nota de Rodapé. De facto, para mim continua a ser um enigma que, em profissão maioritariamente feminina, a blogosfera docente seja quase totalmente masculina.

Como explicar tamanho fenómeno?

PROFESSORAS!!! Onde andais?



Na sequência do artigo Blogosfera Do(c)ente, do “Quintal” do Paulo Guinote, a nossa colega Anabela Magalhães proferiu um lamento que me deixou a pensar e do qual mostro um excerto.
Lamento por me ver só, eu, professora, na blogosfera docente, sendo que a profissão que exerço é campo predominantemente feminino. E esta constatação é, igualmente, um sintoma da doença espalhada em nós.
GirlPower_2012Não deixa de ser estranho, que numa profissão constituída maioritariamente por mulheres, estas sejam residuais na blogosfera. E apesar de não ter feito nenhum estudo em particular, na altura em que enviava emails para as escolas, notei que as chefias têm muitos homens, comparativamente com o universo existente.
Aliás, se olharmos para outras altas esferas, podemos constatar que, a FENPROF, a FNE, a ANDAEP, o CNE, o CE, o IAVE, a DGESTE e mais uns quantos, são todos presididos por homens. A própria tutela foi(é) ministrada principalmente por homens.
Eu e muitos dos que estão a ler este artigo andam diariamente nas escolas. E como eu devem sentir que a escola não vive um ambiente sexista. Homens e mulheres coabitam em igualdade de direitos, mas por um mistério qualquer, é notório que, mais uma vez tendo em conta o universo existente, vê-se muitos homens em chefias intermédias e superiores.
No mundo digital é igual, se repararem bem, os principais grupos para professores no Facebook são administrados por homens, e nos blogues a Anabela é uma loba solitária…
Algo está a inibir as nossas mulheres, as nossas mulheres professoras. Se a afirmação feminina ainda depende de vergonhosas quotas em diferentes áreas da sociedade, se ainda muitas mulheres precisam de comemorar o dia da mulher para se sentirem livres, também é verdade que existe uma inibição (in)consciente que vem de lugares obscuros e que para mim e para a Anabela são um autêntico mistério.
Está na altura das senhoras deste mundo educativo e de outros mundos também, rebentarem com as suas amarras e preconceitos e se afirmarem de vez enquanto principal força social. Não por compaixão, mas pela qualidade do seu trabalho.
E quem vos escreve até é um “gajo” caramba 😉

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