sábado, 14 de novembro de 2015

Paris -13-11-2015

Instituto do Mundo Árabe - Paris
Fotografia de Artur Matias de Magalhães

Paris -13-11-2015

Hoje, em dia de ressaca sobre os bárbaros atentados perpetrados ontem em Paris, que causaram mais de uma centena de vítimas mortais e mais de uma centena de feridos muitos deles graves, quero aqui deixar, em primeiro lugar, os meus sentidos pêsames aos familiares de todos quantos ontem perderam a vida num atentado ignóbil; de seguida, manifesto a minha solidariedade para com todos os feridos e faço votos de melhoras rápidas para que o número de vítimas não seja acrescentado com nem mais um indivíduo; finalmente, deixo um desejo, um desejo profundo: que os valores da Liberdade, da Democracia, tão duramente alcançados por esta sociedade ocidental tão imperfeita, subsistam e criem raízes ainda mais duradouras e se espalhem por esta Casa Comum chamada Terra, respeitando a diversidade étnica, cultural, religiosa... e que este atentado não transforme o nosso olhar sempre que este pousar sobre um muçulmano. Porque este atentado não transforma todos os muçulmanos em membros do EI, aliás, os muçulmanos são as suas principais vítimas.

Nota - A ilustração deste post é, propositadamente, uma fotografia de parte da fachada do IMA, ou Instituto do Mundo Árabe, de Jean Nouvel, implantado na Rue des Fossés, Saint-Bernard, 75005, Paris. Situado no coração da Cidade Luz, nas margens do Sena, com vista deslumbrante sobre a Catedral de Notre Dame, de arquitectura vibrante, bela, inteligente, respeitadora das diferenças culturais e religiosas dos povos, feito de aço, vidro e mármore e onde a geometrização das formas é uma constante, alberga uma Fundação que hoje, excepcionalmente, se encontra fechada tal como muitos outros edifícios emblemáticos da cidade.
Escolho o IMA por ele ser, para mim, o símbolo de uma Paris que me interessa: uma cidade tolerante perante as diferenças, respeitadora dessas mesmas diferenças, aberta ao Mundo e à sua multiculturalidade. Que assim continue. Que tenha forças para não sucumbir à barbárie.

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