segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Petição - TIC

Petição - TIC

Caros Amigos,
Acabei de ler e assinar esta petição online:

«O Futuro de TIC e da Nação»

http://www.peticaopublica.com/?pi=HGPE2011

Pessoalmente concordo com esta petição e acho que também vais concordar.

Subscreve a petição aqui http://www.peticaopublica.com/?pi=HGPE2011 e divulga-a pelos teus contactos.
Obrigado.

Realismo

Realismo

Governo aconselha jovens a emigrarem.

Everything is Broken

Everything is Broken


Olhe, ponha no máximo e berre!

Broken lines, broken strings
Broken threads, broken springs
Broken idols, broken heads
People sleeping in broken beds
Ain't no use jiving
Ain't no use joking
Everything is broken

Broken bottles, broken plates
Broken switches, broken gates
Broken dishes, broken parts
Streets are filled with broken hearts
Broken words never meant to be spoken
Everything is broken

Seem like everytime you stop and turn around
Something else just hit the ground

Broken cutters, broken saws
Broken buckles, broken laws
Broken bodies, broken bones
Broken voices on broken phones
Take a deep breath, feel like you're chokin'
Everything is broken

Everytime you leave and go off someplace
Things fall to pieces in my face

Broken hands on broken ploughs
Broken treaties, broken vows
Broken pipes, broken tools
People bending broken rules
Hound dog howling, bullfrog croaking
Everything is broken




Mentirosos

Mentirosos

Os mentirosos preparam-se para despedir em força... mas... os cortes dos subsídios não eram para não despedir?
Pois. São mentirosos mesmo! Confirme aqui.

domingo, 30 de outubro de 2011

Quando É a Próxima Greve?

Catano! Não sei a origem da foto!
Há por aí alguém que a conheça? Para dar os créditos ao seu dono?

Quando É a Próxima Greve?

Dia 24 de Novembro?
Contem comigo! Estou farta de comissões liquidatárias que liquidam peixe miúdo deixando o graúdo a boiar e a navegar à vista!
Porra! Farti!

Cratices Aterradoras

Cratices Aterradoras

Aterradoras e disparatadas. Fui contra ontem quando se aflorou o desaparecimento do par pedagógico em EVT, continuo contra hoje e a minha opinião, mais que fundamentada à época, mantém-se.
O que jamais me ocorreu, e confesso que fui completamente apanhada de surpresa, foi a proposta de extinguir a disciplina de TIC das escolas portuguesas.
Desculpem mas só me ocorre uma única observação... mas que porra de cratice!
E garanto que nem estou só a pensar nos milhares de professores lançados no desemprego pois acima de tudo estou mesmo a pensar nos alunos portugueses e na sociedade das tecnologias da informação e comunicação que só se adensará no futuro... meus deuses o que se prepara para as gerações vindouras?
O futuro deste país é negro. Muito negro.
E quanto ao  papel desempenhado por Nuno Crato? Pois, Nuno Crato apresenta-se como o chefe da comissão liquidatária da coisa.
O  que é coiso. Que decepção gigantesca.

Praça de S. Gonçalo - O Meu Umbigo

Uma Janela Para o Meu Mundo - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Praça de S. Gonçalo - O Meu Umbigo

A Praça, que para mim continua e continuará a ter o nome do Santo que apenas é beato, apesar de oficialmente se chamar Praça da República, foi, é e será O Meu Umbigo e, por certo, a Praça terá essa condição entre qualquer amarantino que se preze das suas origens, das suas raízes.
Nascida na freguesia de S. Gonçalo, as minhas origens entroncam com as histórias maravilhosas e milagreiras que rodeiam a vida do Santo, as histórias do rio, por vezes tenebrosas de afogados sem fim, mas também as recordações poderosas e quentes de mergulhos nas suas águas de cheiro inconfundível a rio, as histórias e o contacto com as suas gentes castiças e únicas, Pácha, Quianho, Caché, Zé dos Patos, Quinzinho da Cerca, Catarino... isto para não falar das gentes eruditas que esta terra já brotou em abundância, de forma generosa e sem explicação... ou terá?
Seja como for, une-nos a todos a Praça de S. Gonçalo, coração  da cidade, onde ao Domingo, na igreja do mesmo nome, se celebra a missa dominical.
Confesso que não a frequento, à missa dominical, nem tal faria sentido, mas frequento a Praça também conhecida por Largo e nunca me canso de lhe admirar os contornos nobres e clericais, mas também populares, numa simbiose muito próxima da perfeição. Olho-a e volto a olhá-la, frequentadora dela desde que me lembro, quase há 50 anos, e continuo a surpreender-me pela sua beleza, pelo seu equilíbrio, pela sua afluência, hoje cosmopolita como o raio que a parta, em dia de sol quase a rodos, iluminando uma praça cheia de vida, de gente que chega, que parte, que se encontra, amarantinos, portugueses outros, estrangeiros em grande número, um cigano a tocar concertina... fecho os olhos e esqueço-me das dificuldades e pobreza crescentes do/no meu país e transporto-me para as melhores praças de Paris ou de Itália, buliçosas e dignas até dizer chega em estações de mais desafogo.
Hoje foi tempo de recarregar baterias. Por vezes recarrego-as assim. Apenas pelo preço de um belíssimo café curto, tomado no meu umbigo, banhado e aquecido pelo sol.

sábado, 29 de outubro de 2011

Reflexão - Partilha - ADD

Auto-Retrato - Reflexos - Praga - República Checa
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Reflexão - Partilha - ADD

Tudo o que acontece na minha vida tem consequências em mim. Umas melhores, outras piores, é normal que assim seja. Certo, certo é que levo a minha vida demasiado a sério para ser complacente com o que considero anormal, desonrado, falso, desonesto. Apenas porque não tenho outra vida, sendo esta a única de que disponho para fazer a diferença, para fazer diferente e, decididamente, não dou para minhoca que desliza viscosa por entre tudo o que calha, adaptando-se a todas as circunstâncias, a todos os ambientes.
Este momento da minha vida profissional está a ser particularmente penoso para mim, penoso sem me retirar a vontade de trabalhar porque eu não sou mulher de baixar os braços e continuo a alegrar-me com  o que vou conseguindo, por exemplo ontem um belíssimo de um emprego para uma aluna da minha direcção de turma do ano passado, que o merece a mil por cento, e que lhe arrancou  um sorriso do tamanho do mundo e dois olhinhos a brilhar que nem estrelas em noite de céu sem nuvens em pleno deserto, ou por exemplo ouvir um dia destes um aluno, finda a aula semanal de 90 minutos, de 7º ano, um "Professora, uma aula de História por semana é muito pouco. Devíamos ter mais!".
Mas é certo que o momento é penoso, por condições que aqui não relato por puro pudor, que me fizeram repensar na minha atitude enquanto ser humano, na minha atitude enquanto profissional, na minha defesa intransigente da partilha e nos ajustes que a partir de agora farei, inevitavelmente face ao que hoje sei e não sabia ontem.
Por agora continuarei a partilhar o meu trabalho com quem tiver um pingo de curiosidade. Apenas alterarei uma pequena/grande regra que ficará definida a partir de hoje - o meu trabalho continuará on-line, até ver - poderá ser visionado e consultado, pode ser que até inspire alguém à produção própria, mas não poderá ser utilizado por ninguém muito menos em contexto de sala de aula.
É que, sinceramente, fartei de saber de aulas em que os meus PowerPoints são usados sem que seja mostrado o último diapositivo e em que não se tem o mínimo de cortesia aqui com a moira que é a je e não se faz, sequer, referência à autoria do trabalho, em que se não partilha a hiperligação para a minha página de recursos, talvez com medo que os alunos descubram que a autoria é de, pois, Anabela Magalhães. Sinceramente, cansei. E por isso alterei as regras. Aviso de novo que o meu trabalho está protegido pelos direitos de autor e como tal a minha vontade tem de ser respeitada, sob pena dos prevaricadores sofrerem as consequências.
Sorry. A Miss PowerPoint cansou. Cansei da falta de respeito. E, decididamente, não quero ninguém a fazer flores à custa do meu suor, e também não quero ninguém a assassinar as minhas apresentações em PowerPoint não sabendo sequer o que lá está escrito.
Assim não correrei o risco de saber assassinadas as minhas apresentações em PowerPoint, em aulas de caca onde quem as utiliza não faz a mínima ideia da minha intenção e dos objectivos que eu tracei para as fazer como fiz, o que viso em contexto de sala de aula, qual a meta que pretendo alcançar.
E só espero não descobrir que as minhas apresentações serviram para imprimir sem o último diapositivo, o da autoria, para enganar pacóvios nesta ADD surreal e desonesta. E também só espero não descobrir que as minhas fichas formativas, publicadas aqui, foram usadas e entregues aos alunos com o nome da sua autora, je, tapado, ocultado. É que todo o meu trabalho é meu, é original, não foi copiado por ninguém que eu detesto copistas e, volto a frisar, está protegido pelos direitos de autor. O seu a seu dono, costumo eu dizer desde que me lembro.
E que chatice, lá terei de adaptar o Projecto História em Movimento...

E que chatice, o meu  trabalho está espalhado por blogues e páginas... e que chatice, é tanto o que já está publicado... que aborrecimento.

Blogue História 7º Ano
Blogue História em Movimento
Página Web do Projecto História em Movimento
Recursos e Planificações de Cidadania e Mundo Actual
1ª Página Web de Recursos de História
2ª Página Web de Recursos de História que acabará por substituir a anterior... assim haja vida suficiente...
Portefólio Digital
Portefólio Digital que acabará por substituir o anterior... assim haja vida suficiente...

Tâmega - Eutrofização

Tâmega - Eutrofização

A tragédia do meu rio está ampliada aqui.

Bom Dia, Alegria!

Bom Dia, Alegria!

Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.

Sophia de Mello Breyner Andresen

Nota - A dádiva, aterradinha na minha caixa de correio electrónico, foi saborooosa de ler, Gabriel. Agradeço-te as palavras densas e profundas da Sophia.

Poortugal


Poortugal

Em Poortugal fica o Allgarve.

Portugal Precisa


Portugal Precisa

Disto e de muito mais.

Apenas Outro Nojo

Apenas Outro Nojo

Desta vez até pequenino, mas igualmente de vómitos.
É que uma pessoa lê estas notícias e fica de alma pasma.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

ADD

ADD

Nojo. Jamais esquecerei o que pressenti na famosa noite das pizzas e que se comprova a cada dia que passa. A ADD é manhosa. E a sua aplicação, nas escolas deste país, é um nojo.
Eu, que sempre defendi uma avaliação para todos sem excepção a não ser para quem aguarda a aposentação e que sempre a encarei como um dever, mas igualmente como  um direito, "mudi".
Poupem dinheiro. Poupem-nos à indignidade que se abate só para alguns obrigados pela lei a terem aulas assistidas para progredirem para lado nenhum. E poupem-nos à indignidade de um modelo mal parido, mal cozinhado, mal combinado, mal aplicado. Aqui. Ali. E acoli.

Entrevista

Entrevista

E lá vou eu, munida de muiiitos caracóis mentais.
Ah! E já me esquecia... e da verdade.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Aviso

Aviso

Eu nunca andei a brincar.

Entrevista

Entrevista

Acontecerá amanhã. Por agora apenas digo que estou com rolos no cabelo porque quero ir cheia de caracóis a despontar do meu couro cabeludo.
Quanto à unhata... tchiiiiiiiiiii... terei tempo de a pintar?

A Ferros

A Ferros

O perdão à Grécia nasceu esta madrugada. Rezam as más línguas que o parto foi a ferros.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Dias Abaixo de Cão

Dias Abaixo de Cão

Dias abaixo de cão são estes em que as reuniões intercalares já estão aí, activas, e me fazem chegar a casa tarde e a más horas e em completo estado de exaustão.
Pior, pior estava mesmo uma colega que se levantou às 6:30, e eram quase 20 horas e nós a levantar ferros da sala de reuniões, e ela ainda com uma viagem para fazer nem sei para onde, para repetir a dose amanhã a partir da madrugada.
Tudo sem subsídio de deslocação. Nem horas extraordinárias.
Quem nos acode?

terça-feira, 25 de outubro de 2011

JN - Aula Magna - História em Movimento


JN - Aula Magna - História em Movimento

É com muito orgulho que partilho com os meus leitores o link para o novo blogue do Jornal de Notícias, dedicado a Projectos Inovadores na Área da Educação, chamado Aula Magna.
A professora "formiguinha" que é formiga nunca se esquecendo de também ser cigarra, está lá com o seu projecto "História em Movimento", concebido durante as férias de Verão do ano de 2010, pois esta professora, euzinha, mistura trabalho e lazer em três tempos e com um gosto a cada dia renovado.
Pois é, santos da casa parecem não fazer milagres e há sempre gente disposta a menosprezar o nosso trabalho e a não fazer qualquer esforço para o entender, para o acompanhar, até para minimamente o conhecer. E deviam. Principalmente quando têm funções de avaliação.
A culpa não é minha, por certo, que divulgo o meu trabalho, os meus projectos, os meus blogues, as minhas páginas web, por aqui e por ali, tudo à distância de um clique, mas sempre num registo de ponderação e sem nunca andar de megafone em punho a azucrinar ouvidos mais sensíveis e, quiçá, mais atentos a outro tipo de informação que não esta. Talvez novelas. Talvez futebóis.
Lamento.
A professora "formiguinha" também tem dias ácidos e corrosivos. E este nem foi um deles.
Se fosse, racharia de cima a baixo situações indecorosas até dizer chega.

Obrigada, Fernando Basto, pelo alento profissional.  E obrigada por me encostar ao António Câmara, apenas o líder da YDrems...
É, haja paixão.

Nota - O Aula Magna também teve divulgação aqui.

Mimos Tecnológicos


Mimos Tecnológicos

O João já me tinha ameaçado, é certo, quando eu comentei lá na escolinha que o meu genro,  igualmente João, tinha aparecido aqui em casa com um comando/apontador/pen todo xpto a meter carvão à sua sogrinha Miss PowerPoint, com um "Sogrinha, a sogrinha precisa é de um aparelho destes para as suas aulas tecnológicas!" Confesso que o cobicei de imediato e olhei para o aparelho desejando ter um para mim.
Pois o João, de História, a substituir uma colega durante um período de doença de um mês, perguntou-me todo lampeiro quando era o meu aniversário e, como ele não quis falhar ao prometido, hoje surpreendeu-me com uns mimos tecnológicos logo ao primeiro tempo da manhã, que é para se adiantar ao dia de aniversário que não é hoje, o meu.
Como explicar que o João, este chamado Emanuel, que veio alegrar e higienizar o meu grupo, foi  um caso de amor e simpatia à primeira vista?
Pessoa correcta, escorreita, digna, de silhueta protectora e meu protector, sem sombra de dúvida, sempre de sorriso na cara, sempre de bom-humor, não há crise que o derrube e já gargalhámos forte e feio juntos lá na escolinha entre conversas de fait divers e de muito trabalho, pois então.
Lamento que ele tenha de ir em breve para outra substituição sabe-se lá onde e gostaria de poder trabalhar com ele ao longo deste ano lectivo. Sendo impossível fico-me pelo possível e jamais esquecerei o João a gabar as "bochechas de porco", apertando as suas e ele tem-nas!, utilizando uma perfeita pronúncia francesa e aquela outra história que eu agora aqui não conto... eheheh... tu sabes João... e desta dádiva avisada, mas ainda assim inesperada, que encheu este meu dia de um sol radioso e quente que me afagou a alma até ao tutano e me amparou e me amparará as aulas futuras a partir de agora ainda mais tecnológicas.
Obrigada, João, por enriqueceres os meus dias com a tua presença generosa e delicada.
E é certo, quem tem amigos tem tudo.

Parabéns

Parabéns

Já 28 mil quilómetros? Parece que nasceste ontem...

Parabéns!

You say it's your birthday
It's my birthday too, yeah
They say it's your birthday
We're gonna have a good time
I'm glad it's your birthday
Happy birthday to you.

Yes we're going to a party party
Yes we're going to a party party
Yes we're going to a party party

I would like you to dance (Birthday)
Take a cha-cha-cha-chance (Birthday)
I would like you to dance (Birthday)
Dance

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O Monstro


Sorry, não me lembro da fonte desta imagem...

O Monstro

O monstro engole recursos. Dá-lhes sumiço. Por vezes aplica-lhes passes de magia e eles desaparecem. Outras vezes transforma-os em dejectos horripilantes. O monstro está vivo. O monstro está instalado entre nós e não é de agora.
Mas o monstro sofreu uma mutação e está agora numa outra fase - engole trabalhadores, faz-lhes gato sapato e vomita-os depois de bem triturados para uma qualquer fila de um qualquer centro de emprego sem esperança.
A situação é esta - ou damos cabo do monstro ou o monstro dá cabo de nós.

De Mal a Pior

De Mal a Pior

Ou cada tiro, cada melro, ou ainda cada cavadela, sua minhoca.
Novas da Europa Desunida.
Porque casa onde não há pão... todos ralham e ninguém tem razão.

Reacções


Reacções

Álvaro Barreto
Dias Loureiro
Jorge Coelho
...
Assim sendo, Gasparzinho, que espera para acabar de vez com a palhaçada? Com a palhaçada legal, diga-se de passagem...
Não perca um minuto, Gasparzinho, a atirar-se a estes milhões, tal como não perdeu um minuto a atirar-se aos rendimentos de quem trabalha no duro para alimentar os seus.

Vergonha - Ângelo Correia

Governo... parece que é desta!
Só lamento que o governo não tenha começado por aqui. É que teria sido exemplar.
Assim, não foi.

A Cambada

Recorte surripiado aqui.

A Cambada

O Estado é uma vaca de múltiplas tetas intocáveis.

Exemplo a Seguir

Exemplo a Seguir

Por todos os comilões açambarcadores.
Fez bem, Macedo! Pena que só depois de rebentar o escândalo... mas, já dizia a minha avó, mais tarde que nunca.

Perturbador

Perturbador

Miúdo de 10 anos, ao que parece vítima de bullying, comete suicídio...
Que tempos conturbados e perturbadores são aqueles em que vivemos...

domingo, 23 de outubro de 2011

A Cambada


A Cambada

A cambada fazia/faz as leis. A cambada trabalhava 8 anos, 12 anos e isso bastava para receberem pensões vitalícias chorudas de muitos euros, de muitos mais euros do que muitas pensões de muitos que trabalharam/trabalham/trabalharão uma vida inteirinha no duro.
A cambada não se enxerga. A cambada tem lata. Uns enveredaram pela vida artística, outros pela vida super artística e outros acumulam tanto tacho, tachinho e tachão que até dá vertigens tentar acompanhar-lhes o rasto. A cambada instalou-se. Intocável.
Tudo bons rapazes. E boas raparigas. Na hora do aperto, na hora em que o monstro rouba até aos mais pobres é vê-los a defender o roubo aos outros sem se lembrarem que podiam contribuir para a melhoria significativa das finanças públicas desistindo da subvenção imoral que recebem. E que nunca deviam ter recebido, nem no tempo das vacas muito gordas. Porque as leis quando nascem deviam nascer para todos e o que é isso de pensões vitalícias por se ter trabalhado para o estado? Eu já cá ando há tantos e tantos anos e nunca cheirei nada de vitalício por ter trabalhado 8, 12, 20 anos!

Leia e veja aqui novas sobre a cambada.

Subsídios

Subsídios

Também os exigimos para todos os professores deslocados. Porque também eles têm casas de família, as chamadas oficiais, e, incrível! também eles têm família que deixaram nas terrinhas de origem, viagens a fazer ao fim de uma semana de trabalho, despesas muitas e cortes nos rendimentos absolutamente pornográficos.
Tenho dito.

Mimos Feitos de Marmelada

Mimos Feitos de Marmelada - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães


Mimos Feitos de Marmelada

É certo que quem tem amigos tem tudo. Depois de uma semana inacreditável de surreal, eis que chego a sexta-feira, antes do jantar, atendo o telemóvel que toca mesmo ao pé de mim e ouço a voz da minha companheira de route, Rosa Maria, mais conhecida por Zinha que me pergunta "Estás em casa? Espera que eu já aí vou ter".
E lá veio ela, adoçar-me o bico com mimos de marmelada especial e ainda quentinha, porque acabadinha de fazer com as suas mãos de mulher generosa, empenhada, solidária, trabalhadora, séria, decente. Por acaso também docente. Por acaso também vizinha.
Confesso que tenho mergulhado amiúde neste puro deleite de uma marmelada que se come às colheradas, mesmo depois de fria, e que leva uma mistura de frutos, para além dos marmelos costumeiros, que eu desconhecia por completo.
Desconheço a receita... mas confesso que gostaria de a saber...
Thanks, Zinha, pelos mimos feitos de marmelada!

Ecos Blogosféricos

Ecos Blogosféricos

Nos passeios... aqui.
Obrigada, Livresco!

Kayaking no Castro Laboreiro

Kayaking no Castro Laboreiro

Gosto deles. Dos desportos radicais.

Pitões da Júnias

Pitões das Júnias

Só o nome é um encanto, não é?

sábado, 22 de outubro de 2011

Montalegre

Montalegre

Dedicado ao Luís e à Nazaré.

A Barca e as Fotografias da Rainha da Calceta

A Barca e as Fotografias da Rainha da Calceta
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães


A Barca e as Fotografias da Rainha da Calceta

Hoje foi dia de ir para a Barca aproveitar, quicá, um dos últimos sábados de sol. Máquina fotográfica à tiracolo, lá fui eu para a serra dos meus amores.
Confesso que ando a alargar os meus caminhos, uns iniciados e completados há já quase 30 anos, outros bem mais recentes porque o trabalho nunca acaba quando se gosta dele.
Hoje assim fiz. Alarguei caminhos. De marreta em punho, coloquei uns quantos calhaus no seu sítio, à custa das marretadas, única linguagem que os calhaus entendem. Pelo meio lembrei-me de muitos políticos e afins e marretei os calhaus ainda com mais força. E depois limpei os meus caminhos das ervas daninhas, das fedorentas invasoras que teimam em invadir o meu trabalho tentando apagá-lo no meio do mato que as ervas daninhas constituem se lhes dermos corda, se lhes dermos espaço para elas se propagarem, propagando-se elas tão rapidamente que mais parecem uma peste.
As fotografias que tirei estão magníficas, tenho a certeza. A luz estava fabulosa ao fim da tarde, os caminhos impecáveis depois de tanto trabalho, máquina fotográfica em riste e toca de fotografar tudinho.
As fotografias tiradas, muitas, só tiveram um pequeno problema. A memória deixei-a aqui mesmo ao pé do computador, onde agora teclo esta história diachenta, memória separada do corpo da máquina e, assim sendo, a luz, os ângulos, as aproximações, as focagens do meu jardim de escorpião azul só existem dentro da minha cabeça... eheheh...

Reflexão - ADD


Reflexão - ADD

Este post vem na sequência de um outro, por mim escrito não há muitos dias neste blogue, sobre a Bicha de Muitas Cabeças, cada uma mais nojenta que a anterior, chamada ADD e que igualmente se chama Reflexão.
Obrigada pela Lei a solicitar Aulas Assistidas solicitei-as tendo a consciência plena que este modelito não serve nem para avaliar um cão. Aliás, logo a seguir à noite das famosas negociações que meteram pizzas e mais não sei o quê eu afirmei aqui mesmo neste blogue que esta variante de modelito MLR era pior do que a anterior e para tal bastou-me ler o que tinha sido acordado entre Alçada e Nogueira.
Confesso que fiquei furibunda com quem estava ali também a representar-me, mas enfim, não interessa, o modelito veio para ficar e ficou mesmo. E é o que temos.
E o que temos é verdadeiramente digno de figurar num filme de terror: avaliadores que não mexem quase uma palhinha para além das aulitas dadas, sentaditos, coitaditos, que já estão velhitos; avaliadores que vivem à pala do trabalho dos seus avaliados; avaliadores mais nervosos que os seus avaliados durante o processo de avaliação; avaliadores que não se dão ao trabalho de acompanharem o trabalho dos seus avaliados porque é muiiiito cansativo; avaliadores que têm de ser ensinados a avaliar alunos, executando finalmente? os critérios de avaliação em vigor nas escolas, pelos seus avaliados; avaliadores que são apoiados durante o processo de avaliação pelos seus avaliados quando deveria ser exactamente o oposto; avaliadores que entram pela primeira vez em turmas de CEF, que sempre rejeitaram por serem muito complicadas, para avaliarem as aulas dos seus avaliados; avaliadores que não sabem de todo o que andam a fazer e preenchem a papelada à toa, ao calhas, seguindo ordens sabe-se lá de quem porque ninguém as viu; avaliadores directores que criam regras próprias para a avaliação dos seus relatores e metem mais água do que uma velha caravela batida violentamente contra rochedos ameaçadores; avaliados que fazem das aulas assistidas autênticos números de circo em que a bota não bate com a perdigota, em que não há qualquer continuidade e coerência no trabalho executado ao longo de um ano e que não têm um pingo de vergonha na cara por poderem ser recordados pelos seus alunos, no futuro, como verdadeiras fraudes...
Eu podia ficar aqui a enumerar casos e casos já vistos com os meus olhinhos, já escutados com os meus ouvidinhos, também testemunhados por gente que me merece inteira confiança. Não me alongo mais nem sequer me alongo aos mais graves porque tudo o que já está enumerado me enjoa e chega.
Afirmo só que defendo com unhas e dentes a Avaliação para todos, do 1º ao último escalão, com aulas assistidas a acontecerem de surpresa para acabar de vez com a borga de uns quantos que envergonham todos os outros com as suas práticas laxistas e indecorosas para não usar mais adjectivos.
Agora, se a avaliação é o que está a ser implementado no terreno, mais coisa menos coisa, eu passo a defensora da Não Avaliação para todos. Poupa-se dinheiro e sempre é mais honesto.
E porra, eu amo a honestidade e não abro mão dela.
Tenho dito. Posto isto, mudásti, Anabela Maria?
Pois mudi!

Testemunho - ADD

Testemunho - ADD
Os testemunhos da palhaçada da ADD, vulgarmente apelidada por mim de Avaliação de Desempenho Doente, vão-me chegando aqui ao blogue às escancaras e continuam a chegar-me off-record, por aqui, por ali e por acoli e, garanto-vos, há histórias do arco da velha, daquelas capazes de enviar uns quantos desonestos e trapaceiros para a cadeia.
Hoje chegou-me esta, até nem muito grave atendendo à compilação de casos que me vou entretendo a fazer para um qualquer livro de memórias a escrever lá mais para a frente no tempo.
O comentário está aqui e agradeço à Ana Mar o seu testemunho.


BloggerAna Mar disse...




Vou deixar aqui um comentário que deixei há pouco no UMBIGO.
Resta-me acrescentar que neste momento também defendo que não deve haver avaliação alguma nas escolas. A palhaçada foi demasiado vergonhosa para poder ser verdade. Mas foi.

"Os resultados da ADD na minha escola souberam-se há uma/duas semanas. Ninguém fala com ninguém sobre o assunto. Pelo menos comigo ninguém comenta porque todos conhecem a minha posição sobre o assunto, que foi tomada em devido tempo.
Havia gente com olhos de choro.
Há gente com a revolta estampada no rosto. Mas ninguém diz nada. O medo é visível e faz doer de tão real.
Como não pedi observação de aulas e até tive uma boa classificação assobio para o lado

Mas ontem fiquei a saber a classificação de duas colegas de há muiiiitos anos. Uma delas sempre disse que NÃO quer ser DT e nunca lhe atribuem o cargo. De ambas, não me lembro de alguma vez dinamizarem uma qualquer actividade na escola. Acompanham alunos em visitas de estudo (às vezes).
Avaliação do seu desempenho? Adivinhem! Excelente e muito bom!
É uma afronta."
22 de Outubro de 2011 17:19
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Negociações ADD

Negociações ADD

Vómito.

O Futuro É Negro

O Futuro É Negro

No resto e em Educação.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Ai Portugal, Portugal!

Ai Portugal, Portugal!

Com os meus agradecimentos à Rosa Maria Fonseca.

E Se Acabassem Com a Palhaçada?

E Se Acabassem Com a Palhaçada?

Que não servirá para nada talvez durante a próxima década?
Pelo menos poupávamos uns milhões em avaliação trapacenta.O que já não era nada mau.

Ai a Diacha!

Ai a Diacha!

E não é que a diacha alimenta três blogues? Este. Este. E este?!!!
É por isso que só pode ser uma diacha em pacto estreito com o demo, o belzebu, o mafarrico, eu sei lá!
E isto é para não falar das suas páginas web... páginas quê? E cheiinhas de recursos pedagógicos da sua autoria?! Mas como é isso possível?
E o que é isso de blogues, de comentários em blogues, de páginas web... páginas quê? Isto para não falar de facesbuques, de internetes e de computadores... computadores? O que é isso de computadores?
Eheheh. Sim, ainda há fósseis vivos entre nós.

Ai o Diacho! Ai a Diacha! Ai a Diacha.

O Diabo e a Diaba - Museu Amadeo de Souza-Cardoso - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Ai o Diacho! Ai a Diacha! Ai a Diacha.

A minha fase cigarra mistura-se que nem ginjas em aguardente na minha fase formiga e vai daí, em pleno contraciclo da coisa, eis que a minha mente fervilha de ideias para o Projecto História em Movimento que, entre outras coisas, engloba um Clube de História concebido por moi même, o Clube, assim como todo o Projecto.
Esplanada do café-bar, gozando uma das últimas tardes de sol deste Verão, que se despedirá de forma brusca ao que parece no Domingo, máquina fotográfica a disparar para a Igreja de S. Domingos ou de Nosso Senhor dos Aflitos, que visitaremos na próxima quarta-feira, porque aflitos andamos nós todos, em visita guiada pelos técnicos de conservação envolvidos nas obras do monumento, a minha mente errante que pula e volta a pular aterra em certos diabos à solta aqui do burgo... e, hella! E se os diachos visitassem mesmo a minha escolinha? Mesmo? Mesmo os diachos, as réplicas feitas iguaizinhas aos originais que repousam no Museu Amadeo de Souza-Cardoso? Teria sucesso a palestra, dirigida aos meus meninos e meninas do Clube de História, narrando a sua história mais do que rocambolesca?
O tema parece-me aliciante, importante e adequado aos tempos que agora vivemos, de muitos diachos à solta por este mundo fora, por este país fora, e até pelos nossos locais de trabalho fora...
Preparemo-nos. Um dia destes os Diachos apresentar-se-ão ao serviço na EB 2/3 de Amarante e a palestra será, sem dúvida, um verdadeiro sucesso.

Descanso

Descanso - Erg Chebbi - Sahara - Marrocos
Fotografia de Artur Matias de Magalhães 

Descanso

Por agora descanso. Porque também mereço.
Mais daqui a pouquinho logo se vê... eheheh... que isto só pode ser sol de pouca dura... que isto de muito descanso põe-me a bem dizer nerviosa...

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Foi-se.

Kadhafi - Trípoli - Líbia 2004
Fotografia de Artur Matias de Magalhães

Foi-se.

Lamento a forma. Preferiria vê-lo  julgado.

Mas é impossível não pensar que hoje há outro ditador nojento, Assad, a olhar com muita atenção para as imagens extraordinariamente violentas de Kadhafi, o ditador arrogante e louco, a morrer às mãos do "seu" povo.

Olha para elas de olhos bem abertos, Saad. Provavelmente também tu não escaparás e a vingança do povo que oprimes será só uma questão de tempo e de oportunidade.

E tu, Sahel? Por onde andas tu?

Basta!

Basta!




Vídeo surripiado aqui.

Tourada ou Palhaçada?

Tourada ou Palhaçada?

E depois espantam-se se a coisa descambar.
Mas o que é isto?

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Grécia - 19-10-2011

Grécia - 19-10-2011

Um dia destes isto não acaba assim. Um dia destes os manifestantes, desesperados e em grande número, invadem o sítio onde se acoitam os políticos e "linxam-nos". Já estivemos mais longe disso.

Think Different - Agradecimento

Think Different - Agradecimento

Este vídeo foi-me deixado aqui mesmo na caixa de comentários deste blogue, foi-me dedicado pelo Filipe Mendes, editor do The Blog Teacher... e foi tão saboroso e tão bonito ver o seu maravilhoso conteúdo, feito de magníficas e elevadas palavras, as imagens fortíssimas a preto e branco, os Homens que mudaram a Humanidade, cada um à sua maneira, fazendo diferente, dizendo que não, assumindo uma certa/muita rebeldia, uma verdade que não pode ser alterada, amachucada, enxovalhada, menosprezada. Especialmente hoje...
No fim, ficaremos com as nossas palavras e os nossos actos e, esperemos, com as nossas memórias, que se querem boas. Assim o espero, assim o desejo para mim.

Posto isto, como recebi esta dádiva, este presente maravilhoso?

Enrosquei-me nele, sabendo que não passo de um simples peão, não desejando ser mais do que um simples peão, tendo a certeza absoluta que, faça eu o que fizer pela vida fora, jamais me aproximarei de gente deste calibre. Mas é que nem de tacões altos lá vou!

De qualquer forma agradeço-lhe, Filipe, deixou-me deveras sensibilizada e a pensar... Porra! Tenho de fazer melhor! Ainda há muitas arestas em mim.
A mensagem está guardada no meu interior.



"Here's to the crazy ones. The misfits. The rebels. The troublemakers. The round pegs in the square holes. The ones who see things differently. They're not fond of rules, and they have no respect for the status quo. You can quote them, disagree with them, glorify and vilify them. About the only thing you can't do is ignore them because they change things. They push the human race forward. And while some may see them as crazy, we see genius. Because the people who are crazy enough to think they can change the world, are the ones who do."

Constrangimentos


Constrangimentos

Constrangimento um - Ver com estes meus olhos, e em plena luz do dia de um destes domingos amarantinos e ensolarados, uma idosa a remexer um caixote do lixo, a retirar o lixo, meticulosamente, à procura de poder aproveitar qualquer coisa dos dejectos dos outros.
Tenho estas memórias de um Portugal em tempo de ditadura, de um Portugal que existia na minha infância, pobre, paupérrimo e indigno. Guardei para sempre a memória de ter comido uma banana, na praia, e de ter deitado a casca ao caixote do lixo, ali perto da barraca que a minha família tinha alugado para a temporada de iodo e sol e de um miúdo, mais ou menos da minha idade, lá ter ido, ter retirado a casca e de ter aproveitado o "rabo" da banana madura ainda preso à casca, e de o ter comido, perante os meus olhos esbugalhados.

Constrangimento dois - Ser abordada agorinha mesmo, enquanto subia a minha rua vinda do café da manhã, por uma mulher um pouco mais velha do que eu, com um ar perdido e desesperado, a perguntar-me se eu não sabia de ninguém que quisesse umas horas, porque o subsídio já fora, não tinha nada e não sabia o que fazer... e eu sem saber de ninguém que precise de empregada, porque antigamente não faltava quem precisasse de empregada e agora está tudo a retrair, a retrair a olhos vistos e parece não haver solução para nada.

Nota - Chamei a este post "Constrangimentos" apenas para não usar uma linguagem à altura das situações, obscenas, pois então!

A Hecatombe

Recorte surripiado já não sei onde... peço desculpa.

A Hecatombe

Está em preparação. Está em preparação esta e também muitas outras.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Deu Brado

Deu Brado

Esta notícia deu brado. Taaaanto que deu origem a esta. A obscenidade seria tanta que até me vou abster de comentar. Direi apenas... ai estes políticos que têm de andar de rédea curtíssima...

Cortes, Cortes e Mais Cortes

Aviso à Navegação - Deserto do Sahara - Marrocos
Fotografia de Artur Matias de Magalhães

Cortes, Cortes e Mais Cortes

Se é professor, e já está deprimido, não clique aqui.

História em Movimento

Canhas para os Meninos de História e Leite para a Je - Espanha
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

 
História em Movimento

Este projecto, História em Movimento, é um projecto complexo, constituído por múltiplas vertentes e que, todos os anos, se engrandecerá, melhorará, aprofundará, assim eu o continue a alimentar.
É o que está a acontecer neste preciso momento, com mais uma inovação na minha vida profissional, em forma de blogue, eu adooooro blogues, desta vez dirigido, em primeiro lugar, aos meus queridos alunos de sétimo ano, mas também aos seus encarregados de educação, aos colegas de História, a gente conhecida ou desconhecida que tenha, no mínimo, algum espírito de curiosidade e não seja, é claro, um infoexcluído, um fossilizado.
O feedback tem sido extraordinário da parte de muitos alunos que, mesmo antes de postar a minha aula semanal, o que normalmente ocorre entre quinta e sexta-feira, me contactam via Face perguntando impacientes "Professora, já vai colocar a aula?"
E o blogue lá vai fazendo o seu trajecto, comigo ao leme, que eu sou uma timoneira, ainda um bebé de blogue mas já com mais de duas mil visitas em cerca de um mês, muitos professores seguidores, nem todos de História, o que muito me honra, alguns alunos, muitos ainda às aranhas para se fazerem seguidores, destaque no ProfBlog, destaque no Ensino Básico.
De resto, aceitam-se críticas e aceitam-se sugestões de melhoramento. Este é um caminho novo que estou a trilhar, jamais experimentado por mim até este ano lectivo, mas bem sei que a decorrer e em consequência do trabalho e das aprendizagens que fiz, e continuo a fazer, neste Anabela Magalhães e no História em Movimento, sempre com a preocupação máxima de tentar inovar, melhorar, ultrapassar o dia de ontem, o ano anterior.
Uma das vertentes do Projecto História em Movimento é o Clube homónimo e do Clube fazem parte as Visitas de Estudo por mim planeadas e pensadas, sempre guiadas, que as visitas de estudo para mim não são passeios, o que não quer dizer que não possa passear com eles.
Nem sei como consegui hoje cumprir o que prometera a mim própria, sabedora da deslocação da responsável técnica pelas obras de conservação da Igreja de S. Domingos, ou de Nosso Senhor dos Aflitos, aqui mesmo no centro de Amarante. Tenho engolido os meus almoços e hoje não fugi à regra, para não falhar em lado nenhum, sempre tantos afazeres em simultâneo. Mas consegui.
A visita de estudo está marcada para os membros do Clube História... que algum benefício têm que ter relativamente aos que "apenas" frequentam as aulas desta disciplina amputada que, ao que parece, o MEC pretende amputar ainda mais e mais. Enfim... felizes são/serão os pobres de espírito porque deles será o reino dos céus...
A visita decorrerá de amanhã a oito dias e vai ser, certamente, do agrado de todos os meus alunos, até porque faremos outra, no final dos trabalhos de conservação, onde registaremos a evolução da coisa. Por isso, e também porque para a totalidade dos alunos estas visitas de contacto com um monumento durante a sua conservação, será uma estreia, esta actividade será do agrado de todos, tenho a certeza.  Inclusivamente dos dois que, já não sendo meus, continuam a frequentar o Clube de História agora mais do que em regime de voluntariado pois são alunos da ESA, aquela escola onde não há clubes, dizem-me eles.
Deixem para lá, meus queridos, a EB 2/3 de Amarante será sempre a Vossa Escola, tal como vos foi dito no final do ano lectivo pela vossa, e ainda minha, Directora do Agrupamento de Escolas de Amarante.

Nota final - Sim, este post é provocatório e é feito em contraciclo, num dia em que muitas pessoas bradam alto e bom som que trabalharão de acordo com o que recebem. Pois eu, mais uma vez, não farei nada disso e continuarei como até aqui, haja saúde, a trabalhar o mais que posso e sei e a incomodar uns quantos. Dedico este post aos songas mongas e aos moinas que por este país andam acoitados nas várias profissões, incluindo na minha.
E sim, é tão complicado seguir-me... ai meus deuses que a minha velocidade é tão estonteante... e os saltos?
E eu que tenho vertigens... que fará se não tivesse!!!

PORTUGAL


PORTUGAL

Significado de PORTUGAL : País Onde Roubar,Tirar, Usurpar, Gamar e Aldrabar é Legal!!!

Nota - Recebido por mail, sem indicação de autoria

Reflexão


Voo de Pássaro Irónico Sobre a Gelada Europa Central
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Reflexão

Tenho feito, por estes dias, um enorme exercício de contenção para não passar a escrito, para aqui, todo o enredo que envolve a minha Avaliação Indecente, perdão, Docente. É um exercício pessoal, baseado apenas no pudor já que, enquanto avaliada, a lei concede-me o direito de não reserva sobre todo o processo avaliativo. E quando digo todo, é TODO.
A "Bicha" sobreviveu à sua dona e mentora, aos dois consulados socratinos e, ao que parece, sobreviverá igualmente ao consulado passino pelas mãos de uma grande decepção minha, chamada Nuno Crato, que, presumo, e fazendo futurologia, apenas se acentuará, a decepção, é claro!
Os estragos que a "Bicha" faz nos interiores das Escolas são imensos. Uns são inerentes e decorrem da própria "Bicha". Outros decorrem apenas das características pessoais de quem implementa a "Bicha" no terreno. Pelo que sei, pelos depoimentos que vou tendo via e-mail, via telefone, via chat do face, via comentários neste blogue... o circo pegou fogo em muitas escolas deste país com as pessoas a soltarem o que de pior têm sobre quem exige ser avaliado dentro da péssima lei que constitui a "Bicha", mas que, até ser revogada, coisa que parece ser uma miragem, é a lei em vigor e não há outra, nem melhor, nem pior... porque só há esta.
E é na exigência do cumprimento da Lei que se deverá manter o registo de quem por ela é obrigado à palhaçada de uma utilidade e justeza não reconhecível.
A luta contra a "Bicha" continua e continuará. Mantendo e exigindo um registo de educação... com muita ironia política à mistura.
Sim, eu sei, nem toda a gente ama o meu sentido de humor... nem toda a gente compreende como, sendo eu contra a "Bicha", agora a quero ver respeitada.
Mas só poderia. A legislação a que estamos obrigados é para cumprir, gostemos dela ou não. Podemos criticar, encetar uma luta leal para que seja revogada, alterada, ajustada.
É tal e qual como os critérios de avaliação dos alunos na minha Escola ou em qualquer outra Escola deste país. Eu posso concordar ou discordar deles, é certo, mas posso eu deixar de os aplicar?
E deixo a pergunta no ar... e vou ter com ela... ao ar... porque eu tenho asas nos pés... e voo.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Autobiografia Musicada

Autobiografia Musicada


Com Dedicatória à Bicha

Com Dedicatória à Bicha


Às Voltas com a Bicha


Às Voltas com a Bicha

Continuo às voltas com a Bicha, revolvendo-a minuciosamente, ou eu não fosse uma pessoa organizada, metódica, trabalhadora e empenhada. A Bicha continua desvairada e, no seu âmbito, é cada tiro, cada melro, cada cavadela, sua minhoca.
Pelo meio tenho as aulas, pois então, que lá decorrem a um ritmo normal, de manhã e de tarde, sétimos e CEF, e ainda uma deslocação extra horário, porque moi je adora trabalhar e nunca diz que não a um bom projecto, como é o caso deste, iniciado com o Programa Escolhas que abrange, em exclusivo, a minha direcção de turma.
Mas o pior mesmo é a Bicha. Porque consome-me um tempo precioso para os meus múltiplos trabalhos, mil coisas ao mesmo tempo... sete conversas em simultâneo... eheheh... não é Domingos?
Pois, somos hiperactivos... e agora?

domingo, 16 de outubro de 2011

A Bicha


A Bicha

Combati-a por fora. Combato-a agora por dentro constatando que a bicha tem interiores muito feios.

Agradecimentos aos Mais Difíceis Alunos de CEF que Já Tive



Agradecimentos aos Mais Difíceis Alunos de CEF que Já Tive

Hoje é dia de agradecimentos que vos poderão parecer até estapafúrdios, mas não importa. Hoje quero agradecer aos meus alunos de CEF, principalmente aos mais difíceis que já tive, aos provocadores, aos desafiadores, aos ameaçadores, aos potencialmente violentos, aos que instaurei processos disciplinares e foram suspensos, aos que quase foram expulsos da minha sala de aula com recurso aos polícias da Escola Segura, aos electricistas, aos carpinteiros, aos serralheiros, aos empregados de mesa, aos jardineiros e aos padeiros/pasteleiros. A cada situação difícil que me foi sendo colocada ao longo da minha vida profissional, eu cresci enormemente e dela saí robustecida.
Hoje agradeço-vos as quase lágrimas caídas, mas sempre sustidas, que contribuíram para o que hoje sou. Hoje agradeço-vos do fundo do coração. Sem o calo ganho convosco ao longo de anos e anos jamais teria enfrentado, com tanta serenidade e tanto sentido de humor, o desnorte total da entrevista infeliz, ocorrida na sexta-feira passada, no âmbito da ADD.
Continuarei a querer-vos.

Nota final - O documento que acompanha este post chegou-me por mail. Aproveitei-o para ilustrar o meu texto apenas porque há por aí estirpes de gente a eboluir assim.

sábado, 15 de outubro de 2011

Orgulho

Serenidade - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de João Pedro Fonseca

Orgulho

O orgulho é outro pecado daqueles mesmo mortais que pratico, amiúde, para além do pecado da gula. E, pecado ainda maior, frequentemente pratico-o comigo própria e sinto orgulho em mim apenas pela minha decência, sentido de rigor, honestidade, procura de coerência, trabalho incansável.
Ontem foi um dia... como o classificar? Curioso? Absurdo? Inacreditável? Decepcionante? Cómico?
Parvo? Medíocre? Estapafúrdio? Espampanante?
Parece-me que foi tudo isso e muito mais. Ontem foi o dia em que ouvi, aos berros, sem surpresa e sem decepção, um "maldita a hora em que voltaste para esta escola! Devias ter continuado na secundária!"
Ontem foi um dia muito especial para mim, daqueles raros na vida de qualquer pessoa, daqueles que mexem com o nosso interior e nos fazem crescer e tornam a nossa vida mais rica de emoções à flor da pele e que só quem vai à luta, de cara bem levantada, apoiada apenas na verdade, e sem mais armas para além dela, pode vivenciar.
Ontem foi um dia daqueles que jamais esquecerei, daqueles em que senti orgulho em Ser aquilo que construí, penosamente, diga-se de passagem, desde criança, desde que tenho memória de mim, lutando por aquilo em que acredito, mesmo se comprando dissabores, às vezes até com os que amo.
Mas ontem foi um dia ainda mais especial. Porque ontem foi dia de ver o orgulho em mim nos olhos do meu companheiro de route de trinta e seis anos... e isso não tem preço. 

Antony and the Johnsons

Antony and the Johnsons

Hoje volto a esta tristeza bela. Sou uma bird girl. Desde sempre.
E as bird girls podem voar... e vão para o céu... mesmo se não acreditam nele.

Professora Imola-se Pelo Fogo

Professora Imola-se Pelo Fogo

Chocante.

Ranking das Escolas

Ranking das Escolas

Do Público. Consulte aqui.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Os Professores

Os Professores

Obrigatório ler. Aqui. Eu queria ter deixado no "toque de alma" o seguinte comentário:

"Sou Professora. Amo e dou o litro pela minha profissão e não há cortes e desnortes que me abastardem. Amanhã trabalharei mais do que hoje. Agradeço-lhe as suas palavras. Garanto-lhe que me aconcheguei nelas logo pela manhã, enquanto saboreava um café curtíssimo, que é como eu gosto dele.


Vou levar o seu artigo comigo, para o meu condomínio. Muito, mas mesmo muito obrigada, José Luís Peixoto."
 
Só que não consegui comentar. O Blogger por vezes tem uns peripaques...

Danse Sur la Merde

Danse Sur la Merde

Adoooro Prototypes. Especialmente em dias marcantes da minha vida.
Música no máximo e ... dance sur la merde... qui passe à la...

Tourada


Tourada

Suponhamos que a tourada foi hoje. Suponhamos que hoje é o meu dia livre de actividades lectivas e passei o dia na Escola. Vai de manhã, à defesa, então hoje não é o tal de dia da entrevista para quem não concorda com a proposta de nota? Pedido de esclarecimento entregue na secretaria perante o insólito da coisa de eu nada saber e nada me ser informado, vai de tarde, olá cá estou eu para a entrevista, sim... mas quem te mandou vir para a entrevista? Pois fui eu mesma, papelucho entregue na secretaria onde me declarei inteiramente disponível para a dita cuja que não havia meio de ser parida... suponhamos, mas, afinal, pensando bem, talvez sim, talvez não, ok, não te importas de esperar para a entrevista?
Que nada! Suponhamos que aguardo serenamente. Aguardo serenamente.
E suponhamos que lá começa, finalmente, passando um bom bocado de tempo, por favor, por favor, eu estou disponível para a entrevista, lá começa a dita cuja, ao finalzinho da tarde... a dita cuja... tourada. Suponhamos que a entrevista foi uma tourada com a avaliada a ter de acalmar por diversas vezes o seu entrevistador que não o seu avaliador.
Suponhamos que a ADD é nojenta. Suponhamos que o que os homens fazem com ela é inqualificável.
Suponhamos que continuo a digerir, lentamente, muito lentamente, todo este processo.

GNR - Quero Que Vá Tudo P'ró Inferno

GNR - Quero Que Vá Tudo P'ró Inferno


Mas, antes disso, vou-me enroscar e aquecer nos GNR, mais uma vez, dia 12-11-2011, pelas 22 horas, no Coliseu do Porto

Novas da CCADD - Apelo

Novas da CCADD - Apelo

Regulamento da Avaliação de Desempenho Docente - Agrupamento de Escolas de Amarante

15 - Disposições Finais

"Ao longo de todo o processo de avaliação do desempenho docente, todos os intervenientes no processo, à excepção do avaliado, ficam obrigados ao dever de sigilo sobre a matéria, de acordo com o estipulado no ponto dois, do artigo 49º do Decreto-Lei nº 15/2007, de 19 de Janeiro (ECD)"

Dedico este post a todos os avaliados do meu agrupamento. Informem-se. Reajam. Não deixem que façam de vós uns songas mongas. Não vistam esse fato. Se o vestirem, ele colar-se-á à vossa pele para todo o sempre.

Prendam-nos!

Prendam-nos!


Parabéns aos Songas Mongas, aos Songas, aos Mongas... Sem Esquecer os Moinas

Parabéns aos Songas Mongas, aos Songas, aos Mongas... Sem Esquecer os Moinas

Parabéns aos baldas! - David Levy
O discurso meritocrático do Governo não durou seis meses. Na altura de cortar, toda a Função Pública foi tratada por igual. Competentes, incompetentes, carolas, aselhas, assíduos, faltistas, excelentes, muito bons, bons, medianos, medíocres, maus, muito maus, cumpridores, zelosos, baldas, trabalhistas, preguiçosos, empatas, dinâmicos, pontuais, atrasados, abstémios de café, cafezeiros de todas as horas, todos vão perder dois meses de salário. Os baldas & congéneres estão por isso de parabéns, não deixa de ser um grande feito acabarem com um corte de salário igual aos que puxam a carroça - que são os burros desta história.

Parabéns, Mário Machado!

Mário Machado em Acção - ESA - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Parabéns, Mário Machado!

Soube a boa nova pelo avô e fiquei genuinamente contente. Se há rapaz que merece cumprir o seu sonho é o Mário - inteligente, trabalhador, responsável, ponderado, calmo, esforçado, perseguidor dos seus sonhos, combativo, educado, correcto, amoroso, simpático... e com média acima dos dezoito!, foi aquele que me deixou de coração nas mãos na hora da primeira entrada em Medicina.
Agora chegou o dia de lhe dar os parabéns. Por isso... parabéns, Mário! Temos médico!

Nota -Deixo aqui o link para uma postagem antiga acerca do Mário. Tenham paciência, é a última do lote, estávamos nós na ESA, em tempos que já lá vão.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Catástrofe Profissional



Catástrofe Profissional

Por favor não passem este post à frente, especialmente se são professores. Prevê-se o fim da segunda língua obrigatória e o amalgamento da História e da Geografia já para o próximo ano para além de... veja aqui.

O Orçamento Horroroso


O Orçamento Horroroso

Agradeço-o aos políticos que até agora nos desgovernaram. Principalmente aos "criminosos" do pê esse que durante os últimos sete anos nos sacanearam com muitos de nós com os olhos bem abertos e os dedos sempre a teclar denunciando o que nos foi possível denunciar.
Quero o inginheiro filósofo atrás das grades pelo que fez ao meu país, país ao qual virou as costas na primeira oportunidade, qual rato a abandonar o barco que se afunda. Não é possível fazê-lo pagar e fazê-lo assumir as suas responsabilidades?
Não me deitem areia para os olhos. A culpa do estado em que estamos não é deste governo.
Pavão, acuso-te de me sacaneares. E de sacaneares o meu país.

O Que Me Faz Feliz


O Que Me Faz Feliz


Chat do facebook, janelinha a saltar... Professora, estou a explorar o site de Lascaux... e é mesmo espectacular!
Pois é, minha querida, eu não vos disse? Por isso o seleccionei para vocês... eheheh...


Chat do facebook, janelinha a saltar... Professora, já vi os vídeos todos de Altamira e são espectaculares!
Pois é, meu querido, eu não vos disse? Seleccionei-os entre muitos outros que vi, andando às voltas e mais voltas, observando daqui e dali.


Tempo perdido? Eheheh... bem melhor do que ver os gordos, os magros, os brothers, os estúpidos, as novelas, os economistas, os políticos, o diacho que os carregue a todos.

Fim da aula, eu a arrumar a minha tralha, um aluno fica para trás... Professora, devíamos ter mais aulas de História por semana. Uma aula é muito pouco!
Pois é meu querido, e eu não estou farta de comprovar com dois mais dois que assim é?!

Um dia fui baptizada de Lara Croft pelos meus queridos alunos do F que me acompanharam a vida durante três anos. Registei.
Assim continuo. A dar saltos destemidos se preciso for... afinal só tenho... quase 50... eheheh...

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Preciosidade


Preciosidade

A capa deste primeiro jornal da FENPROF é uma preciosidade que me foi enviada pelo Hélio Matias, já há uns anos, e aqui ficou no limbo da minha caixa de correio electrónico, até ser oportuno publicá-la. Não ficou esquecida, apenas estava à espera do momento propício para ver a luz do dia e hoje aproveito para lhe agradecer o envio, do fundo do coração.
A frase, escrita em letra de criança, está hoje mais actual do que nunca - "Os professores que trabalham muito têm razão".
E hoje, acrescento eu, os que trabalham muito e norteados com a preocupação de trabalharem bem, ainda mais estão a esbordar dela. Em contrapartida, os que andam a ver passar os comboios, não. Os moinas, os songasmongas, os sonsos... também não. Os desonestos intelectualmente, para não falar do resto, também não. Assim como os que não se regem por elevados padrões éticos. Assim como todos os que são simulacros de coisa nenhuma. Todos estes, estas categorias sem categoria, não têm razão.
Comprovaremos isto.

Protesta

Protesta

Não fiques calado, parado. Não andes aos zigue-zagues. Não digas uma coisa pela frente e outra por trás, não digas uma coisa para a seguir fazer outra. Protesta. Esperneia. Esbraceja. Sê digno. Não pactues com a ignonínia, a desonestidade, a mediocridade, a mentira.
Sê alguém para quem todos possam olhar sem desagrado e sem repugnância.
Sê apenas um Ser decente. Decente.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Efectivamente

Efectivamente

...
Adoro as pulgas dos cães
Todos os bichos do mato
...
Efectivamente escuto as conversas
Importantes ou ambíguas
Aparentemente sem moralizar

Adoro as pêgas e os pederastas que passam
Finjo nem reparar
Na atitude tão clara e tão óbvia
De quem anda a enganar
Adoro esses ratos de esgoto
Que disfarçam ao pilar
Como se fossem mafiosos convictos
Habituados a controlar


Efectivamente gosto de aparência
Imponente ou inequívoca
Aparentemente sem moralizar
...

Dedicado a todos os songas, os mongas, os sonsos, os moinas e os mais rastejantes que andarem por aí à solta.

A Palavra a Paulo Guinote


A Palavra a Paulo Guinote

Aviso desde já que este post não foi escrito por mim. Mas também aviso que podia ter sido. Dedico-o a alguns sonsos/sonsas/moinas/moinas que habitam o meu lugar de trabalho, tal como habitam o teu, o deles, o catano mais velho.
Agradeço-o ao Paulo. Caiu nestes meus dias como abelha em prato de mel.

Desancar nos Sonsos Dá Saúde e Faz Crescer

"Aviso desde já que não é um post sobre o amigo do mafarrico que aqui nos visita com regularidade.
E aviso que é um post com um certo ciúme social à mistura, porque perdi a fama da sonseria há muito, muito tempo, ali pelas saídas da adolescência, que o proveito nunca tive muito.
Este é um desabafo sobre o sonso enquanto criatura que povoa as nossas vidas e quotidianos, que se cruza connosco todos os dias, de sorriso afivelado e imbecilidade sempre pronta a arrepiar-nos.
É sobre os sonsos que, em quantidade variável, povoam uma sala de professores como povoavam em tempos a nossa sala de aula enquanto alunos, assim como povoam qualquer local de trabalho ou espaço social. Os sonsos estão omnipresentes na nossa vida.
O sonso é aquela criatura que nunca fez nada do que fez ou, em tendo feito e sendo possível prová-lo, fez sem intenção, pois nunca tinha pensado nisso e muito menos que o que fez, faz ou fará, pode ter consequências, chatear, ofender, ser coisa de carácter duvidoso.
O sonso pode ser estúpido, mas em regra não o é. É alguém que se safa muito bem com as sacanices de terceira ordem que pratica com a descontracção própria da esperteza saloia que o habita, sacanices essas que são daquelas que moem, mesmo se não partem ossos. Está mais paredes-meias com o coitadinho, que a maior parte das pessoas acaba por achar mal confrontar, pois até é bom rapaz. O sonso é, também em regra, bem aceite e compreendido por muita gente que o rodeia e até protege, que acha mal que se diga que o sonso é sonso, mesmo quando admitem que o é. Mas, como também é visto como coitadinho, não devemos perturbá-lo.
O sonso é, pois, uma espécie protegida em diversos ecossistemas sociais onde exista muita gente com bom íntoimo, bom coração e virtudes caritativas que em mim escasseiam ao ponto da nulidade.
Confesso, devido à minha natureza que alguns dizem sanguínea, outros dizem própria de um sangue de barata, o sonso chateia-me sobremaneira e chateia-me tanto mais quanto acabe por me auto-censurar na vontade de o desancar e acabar por ficar eu mal visto como um bruto incorrigível.
Por isso, há casos de sonsos que aturo ou vou aturando há anos. Não muitos, alguns apenas, mas que chegam para me fazer levantar o nevoeiro numa manhã ensolarada. E vou ou fui aturando por respeito a quem me diz, olha lá, ele é sonso e faz isso, mas é sem má intenção, coitadinho, nem percebe bem. Faz sem querer.
Mas o rai’s parta é que faz e eu, como já disse, duvido que seja tão estúpido como às vezes o querem fazer passar.
E o sonso quando confrontado, mesmo que de forma mínima, reage sempre com aquele ar de castor supreendido, arqueando muito as sobrancelhas como um desenho animado japonês ou um calimero injustiçado (caso os calimeros tivessem sobrancelhas debaixo da casquinha do ovo).
Pelo que, nos últimos tempos, decidi iniciar uma espécie de campanha unipessoal anti-sonso.
E por esses dias que se foram passando fiz um par de raides, confesso que ainda algo desajeitados pois não consegui varrer por completo o complexo de culpa que me inculcaram há anos em nome da defesa dos sonsos como espécie a proteger da agressão, no sentido de limpar alguns sonsos do meu horizonte visual quotidiano, assim a ver se mudam de passeio quando vamos em trajectórias potencialmente concordantes.
Ainda não deu para avaliar todos os efeitos, mas pelo menos já me fez ficar um pouco melhor comigo mesmo e quero mesmo acreditar que me reduziu os níveis de secreção de cortisol. A sério. É como se, por fim, tivesse começado a ver o fim a uma praga de brotoeja comichosa.
Era um pequeno prazer que me andava a negar a mim mesmo, sem vantagem outra que não fosse evitar este ou aquele olhar reprovador e a confirmação da minha discutível civilidade. Quando a efeitos negativos, a acumulação da exposição regular à sonsice ou sonseria, estava claramente a afectar-me o brilho da cútis e a ensombrecer-me o olhar.
Agora posso dizer: há uma boa parte de mim que sorri com vontade quando vejo certos sonsos acelerar o passo para evitarem cruzar-se comigo. E as manhãs sorrirão sempre ensolaradas na minha direcção, mesmo quando os dias se convencerem que o Outono chegou."

Paulo Guinote
 
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