quarta-feira, 16 de junho de 2010

A Coerência Entre a Palavra e o Acto

A Coerência Entre a Palavra e o Acto

Nada o impedia de dizer sim e, no entanto, Bagão Félix disse que não.
E ao dizer "Não" distanciou-se da corja de políticos que temos, peritos em fartar vilanagem, na vantagenzinha, pequenina ou grande, o mais das vezes grande, e subiu mais uns bons patamares na minha consideração.
Bem sei que por lei nada o impedia de aceitar e à luz da lei vigente era um diteito já adquirido.
Mas no Parlamento Sueco, propositadamente escrito com maiúsculas, também não há qualquer impedimento legal em que integrem nos quadros deste organismo familiares de deputados e governantes.
E sabe quantos há?
Pois! Zerinho!
É claro que estamos num outro planeta que não este...

"Numa recente entrevista, no Jornal das 9 da SIC Notícias, Bagão Félix foi questionado por Mário Crespo relativamente a uma sua recusa de uma pensão do Banco de Portugal, tendo confirmado essa decisão e justificando-a nos seguintes termos: "Achei que com 45 anos era absurdo possuir uma pensão".
Aqui está um extraordinário exemplo de ética na vida pública e na política, aliás, compaginável com a postura serena, séria, lúcida e de grande humildade intelectual que Bagão Félix tem evidenciado nas suas acções e intervenções públicas.Trata-se de um contraste digno de realce, sobretudo, em relação a muitos moralistas da nossa praça política que enchem a boca de direita ou de esquerda, mas que não resistem à tentação de acumular pensões, de beneficiar injustificadamente (do ponto de vista ético, que não legal) de mordomias do Estado, de embolsar benefícios e subsídios às resmas, de desenrascar lugares elegíveis para companheiras em listas de deputados ou de meter, nos gabinetes, mães, filhos, primos ou enteados."
Publicada por Octávio V Gonçalves

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