quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Recomeçou a Dança das Negociações

Recomeçou a Dança das Negociações

25 Novembro 2009 - 17h43

Ministério acaba com divisão da carreira mas impõe limite de vagas

Fenprof contra proposta de Governo Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, não saiu satisfeito da primeira reunião do Ministério da Educação (ME), que decorreu esta quarta-feira, no âmbito da revisão do estatuto da carreira docente.
Neste primeiro encontro, o tema foi a estrutura da carreira e a proposta do Governo não agradou.
“Há muita coisa para alterar, para chegar a um consenso. Por um lado o ME propõe o fim das categorias, mas por outro faz depender da existência de vagas o acesso aos terceiro, quinto e sétimo escalões”, afirmou Nogueira, sublinhando que esta proposta é até pior do que o sistema actualmente em vigor.
“Isto pode constituir um certo recuo em relação à situação actual”, acrescentou. O dirigente sindical ressalvou, contudo, que ainda há espaço para o entendimento.
“Esta é a primeira reunião. Vamos ver como o Governo evolui”, disse ainda.
Bernardo Esteves
Daqui.

Eu só acrescento que no dia em que percursos profissionais deixem de se fazer neste país dependendo apenas do cartão rosa ou laranja, que guinda um indivíduo de caixa de um banco a administrador de um banco no espaço de uma vida útil, resultando este trepar social de nomeações meramente políticas, eu aceitarei discutir que nem todos os professores possam chegar ao topo da carreira por razões economicistas. No dia em que as contas das empreitadas públicas deixarem de derrapar ainda antes de começarem, para derrapar mais ainda durante a sua realização, eu aceitarei discutir que nem todos os professores possam chegar ao topo da carreira por razões economicistas. No dia em que uns desempregados do ps, que não conseguiram o seu lugarzito para o Parlamento Europeu ou para a Assembleia da República, deixarem de ser nomeados para o cargo de Governador Civil daqui e dali, e por falar nisso será mesmo necessário tal coisa?!, eu aceitarei discutir que nem todos os professores possam chegar ao topo da carreira por razões economicistas.
Antes disso não me gozem. Disciplinem o país, sim. Moralizem-no que está indecoroso. Comecem por olhar para vocês mesmos. Olhem para as "vossas" viagens com bilhetes desdobrados e outras palhaçadas afins e mordomias sem fim. Apertem o cinto. Dêem o exemplo. Pratiquem o que defendem para os outros.
Há gente neste país que está a passar mesmo mal. Dêem o exemplo, sob pena de ninguém vos levar a sério.
E será que ainda há neste país quem vos leve a sério?

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