domingo, 31 de maio de 2009

Amarante Presente!


Amarante Presente - Manif - 30 de Maio - Lisboa
Fotografia de Não Sei Quem

Amarante Presente - Manif - 30 de Maio - Lisboa
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Amarante Presente!

Um, dois, três
Cá estamos outra vez!
E se isto não mudaaaaaaar
Havemos de cá voltaaaaaaaaar!

Ai! Ai! Ai! Aiiiiii!

Sentir o Apoio Pela Terceira Vez


Apoio Anónimo - Manif - 30 de Maio - Lisboa
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Sentir o Apoio Pela Terceira Vez

Sentir o apoio da população anónima na rua foi, para mim, a surpresa das surpresas na minha primeira participação numa manifestação, no já longínquo ano de 2008. Confesso que nunca fez o meu género sair à rua para protestar por isto ou por aquilo, para reivindicar isto ou aquilo, para lutar por isto ou aquilo e que foi preciso vir este desgoverno indecente, indecoroso, mal educado, prepotente, arrogante... e o mais que nem me lembro agora, para me fazer levantar o rabinho da minha cadeira confortável sentindo a força, esmagadora e digna, da multidão descontente que faz praticamente o pleno dos professores deste país.
Ontem, o apoio da população anónima foi ainda mais notório, porque a Baixa estava cheia de gente usufruindo das esplanadas, passeando por debaixo das árvores refrescantes, conversando aqui e ali.
Os lisboetas receberam-nos com aplausos, risos abertos, palavras de compreensão e de apoio à luta, que é nossa mas que deveria ser de toda a população portuguesa. Aconcheguei-me neste apoio, de olhos rasos de água por detrás dos meus óculos escuros.... e soube-me bem.
O assunto é demasiado grave para ser ignorado pelos outros sectores profissionais. Porque se este país tem advogados, juízes, engenheiros, médicos, farmacêuticos, jornalistas... a nós o deve.
Sim, bem sei que há quem lá tenha chegado por linhas travessas e que, talvez por isso, ande a fazer o que anda a fazer! Mas não foi a maioria. A maioria suou suor honesto para conseguir chegar onde chegou e nós fomos um motor importante para a libertação desse suor que sai do esforço da caminhada.
Continuaremos a luta. Com ou sem apoio externo. Mesmo que este governo nos chame de chantagistas e de manipuláveis e nos dê, indirectamente, uma data de pouco dotados neuronalmente falando.
E lá para Setembro ou Outubro, bem em cima das Legislativas, os manipuláveis sairão de novo à rua e marcharão de novo sobre Lisboa para dizer BASTA a este ps.
Confesso, aqui e agora, que durante a minha vida de adulta já depositei, por diversas vezes, o meu voto ps nas urnas, nestas ou naquelas eleições. Não nas últimas. Não tenho rigorosamente nada a ver com esta última escolha da população portuguesa.
E confesso, aqui e agora, que dificilmente o ps terá de novo o meu voto.
A próxima jornada de luta é já no Domingo. Depois teremos as autárquicas e, entretanto, aguardo serenamente pela quarta oportunidade, que certamente terei, para saborear o prazer da luta contra um governo que não me serve de todo!

Blogue Olhares


Escorpião by Escorpião com Cardoso a Gargalhar
Fotografia de Tiza, do Blogue Olhares

Escorpião by Escorpião - Manif - 30 de Maio - Lisboa
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Blogue Olhares

O que fazem dois escorpiões blogosféricos quando se encontram em plena Manif?
Abraçam-se, sabendo que estão a abraçar um igual, gargalham, irmanados pelo cansaço e prazer da luta, registam o momento para a posteridade.
Este foi o preciso momento em que o Blogue Anabela Magalhães encontrou o Blogue Olhares!

Mário Nogueira - Discurso


Manif - 30 de Maio - Lisboa
Fotografia de Não Sei Quem

Mário Nogueira - Discurso

Aqui fica o discurso de ontem. Extenso. Importante. Ouvi pouco mais do que os Vivas, já sentada à sombra do arvoredo vivo e vibrante da brisa suave que esteve do nosso lado, na Avenida da Liberdade. Foi um breve momento de pausa, antes do Hino de Portugal, cantado com respeito.
O Norte, onde me integrava, quase não chegou a tempo do discurso. E muito Norte havia ainda atrás de mim! Uma torrente.

Manifestação Nacional de Professores e Educadores em 30 de Maio de 2009: Intervenção

Colegas e Amigos,

Está prestes a terminar mais um ano lectivo e uma Legislatura que foram, para os professores, para as escolas e para a Educação, dos mais difíceis de que há memória no Portugal democrático, em que tivemos de conviver com um Governo que não ouviu ninguém, excepto a si mesmo, antes desrespeitou todos, e muito em particular os professores.
Cientes da sua razão, os docentes portugueses não se fizeram rogados e deram a melhor resposta de sempre: nas ruas, com as suas grandes Manifestações, em outras lutas, igualmente grandiosas, participando em grandes greve de elevadíssima adesão, subscrevendo os abaixo-assinados mais representativos de sempre, promovendo vigílias e muitas outras iniciativas - foram três anos de luta que se iniciaram com a grande Manifestação de 5 de Outubro de 2006 que reuniu cerca de 30.000 professores - e, de então para cá, nunca parámos. Manifestámo-nos, ainda, nas capitais de distrito e mesmo em muitas sedes de concelho. Mas a grande lição que os professores deram a quem tanto os desconsiderou e desvalorizou no plano social, foi a lição de profissionalismo.

Lição de dignidade

Ao assumirem uma atitude de grande profissionalismo, de grande envolvimento no trabalho das suas escolas mesmo quando este fazia parte do castigo que o governo decidiu aplicar-lhes, de grande entrega aos seus alunos; ao cumprirem, com rigor, as suas obrigações para com a escola e os alunos, os professores transformaram, também, em luta o seu dia a dia, assumindo-se como profissionais exemplares, reconhecidos socialmente. Daí que mesmo perante maus exemplos ou situações menos dignificantes e com gente a pretender confundir a árvore com a floresta, a excepção com a regra, o conjunto dos professores soube dar uma lição de dignidade, nunca a perdendo.
Foi essa atitude profissional que a ministra não soube interpretar porque não compreende que mantê-la quando se é tão atacado, desvalorizado e até insultado é, também, uma forma de luta, só possível de ser assumida por quem sabe que tem razão. E, neste caso, os professores sabem que a razão está do seu lado, que a ministra e o governo de que faz parte não têm razão e, muitas vezes, limitam-se a recorrer à demagogia e a faltar à verdade para alcançarem os seus lamentáveis e reprováveis objectivos. Porque temos razão estamos aqui de novo! E estaremos sempre que a nossa luta e a razão das nossas razões justificarem esta presença e a nossa acção.

Alvo a abater

Esta foi uma Legislatura em que o Governo e o ME, pelas políticas desenvolvidas, pelas medidas tomadas, até pelo discurso adoptado, deixaram clara a sua intenção de atacar os professores, de desvalorizar a sua carreira e de agravar as suas condições de trabalho e de exercício profissional. Mas esse ataque não decorreu de uma decisão sem contexto social e político... não foi assim e seria mau e pouco inteligente que pensássemos que teria sido. Enquadrou-se num ataque muito amplo desferido aos direitos laborais através do código de trabalho e das alterações que lhe foram introduzidas; à Administração Pública, através de um conjunto de quadros legais que estão a tornar mais precários e instáveis os vínculos de emprego; aos serviços públicos, logo, também à Escola Pública. Medidas que, por vezes, ainda pior do que a crise, têm tornado mais difícil a vida dos portugueses.
Mas se este contexto é real, também é verdade, e esta não deve ser escondida, que a Educação, as escolas e os professores foram vítimas preferenciais de um governo e uma equipa ministerial que escolheu os docentes como inimigos maiores e alvo a abater, certos que estavam, e nisso não se enganaram, de que iriam abater um dos pilares fundamentais de uma Escola Pública capaz de responder a todos com eficácia e qualidade.

Não podemos esquecer!

Neste final de Legislatura, não podemos esquecer as malfeitorias que por palavras, actos e, quantas vezes, por omissões esta equipa ministerial cometeu; não podemos esquecer as palavras de desconsideração e desrespeito que nos foram dirigidas; não podemos esquecer a desvalorização que o governo fez da negociação e dos Sindicatos de Professores, atacando o exercício da actividade sindical e restringindo os direitos sindicais dos docentes; não podemos esquecer as ameaças, as pressões e a chantagem que foi exercida sobre os professores e sobre os órgãos de gestão das escolas.
Esta atitude de intimidação surgiu logo no início da Legislatura quando os professores lutavam contra o agravamento das condições de aposentação e o congelamento do seu tempo de serviço e a ministra ameaçou com processos disciplinares os que se envolvessem na luta, à altura uma greve que coincidia com a realização de exames nacionais; repetiu-se, recentemente, a propósito da avaliação de desempenho e da entrega ou não de proposta contendo objectivos individuais.
Neste momento, que também já é de balanço, não podemos esquecer que, com este governo e este ministério, a tentativa de intimidação ultrapassou os limites democraticamente toleráveis quando a polícia, na véspera de uma deslocação de Sócrates à Covilhã, decidiu visitar a sede de um Sindicato de Professores, ou quando, na véspera da Marcha da Indignação, em 8 de Março de 2008, visitou algumas escolas, entrou em salas de professores e quis saber quem iria participar. Continuamos a aguardar o resultado dos inquéritos anunciados que, tenhamos fé, um dia se conhecerão. Aquelas não foram acções dignas de um estado de direito democrático, mas próprias de um regime ditatorial e a responsabilidade política desses actos é, apenas e só, do Governo de José Sócrates.
Mas não podemos, igualmente, esquecer outros momentos de grande desrespeito pelos professores, tais como:
- Muitas declarações da Ministra da Educação, como as proferidas em Coimbra, afirmando que uma criança quando abandona a escola é porque já foi abandonada pelos seus professores; ou...
- O saneamento político, na DREN, de quem ousou contar uma das muitas piadas que circulam sobre o Primeiro-Ministro; ou...
- A inquirição de alunos, no norte, para que delatassem o eventual envolvimento de professores em protestos estudantis contra a ministra da Educação, situação que parece repetir-se, agora, em Lisboa; ou...
- A inquirição de professores, no centro, na sequência de protestos contra a Ministra da Educação em escola de Coimbra; ou...
- O processo de demissão do Conselho Executivo do Agrupamento de Santo Onofre, na Caldas da Raínha, por perseguição política; ou...
- As afirmações do Secretário de Estado da Educação, tentando manipular a opinião pública para que julgasse que os professores constituíam um grupo de absentistas. Curiosamente, um secretário de estado terá perdido o mandato de autarca, ele sim, por absentismo; ou...
- As insinuações do Secretário de Estado Adjunto e da Educação sobre a autenticidade das assinaturas dos professores em abaixo-assinado de protesto contra o ECD imposto; ou...
- As ameaças do mesmo secretário de estado a dirigentes sindicais por estes recusarem colaborar na imposição do seu deplorável estatuto de carreira, e promoverem a luta contra tal estatuto; ou...- A chantagem transformada em atitude negocial, fazendo depender a oferta de migalhas do levantamento das lutas dos professores; ou...
- A recusa do Primeiro-Ministro em receber a Plataforma Sindical dos Professores, como lhe foi solicitado, não assumindo as suas responsabilidades políticas no conflito com os professores, bem como a recusa da direcção do PS em receber esta Plataforma, ao contrário de todos os outros partidos. Isto apesar de Sócrates ter afirmado que o conflito existente na Educação não era um problema da ministra, mas do Governo e do seu partido.
Apesar da prepotência, da arrogância e das ameaças, os professores não cederam, resistiram e estão aqui porque sabem que têm razão. Os professores querem e exigem a mudança, mas não qualquer mudança e nunca as mudanças de sinal negativo impostas por este governo. É que para pior, já basta assim...
É lamentável que o Governo, sustentado pela sua maioria absoluta, a tenha transformado em poder absoluto e autocrático, em prepotência e arrogância, em incapacidade para ouvir, para dialogar e para negociar. Por isso, dizemos que é avisado, para o futuro, evitar tais maiorias que, depois, se transformam em barreiras intransponíveis tornadas inflexíveis pela força da obstinação e do autoritarismo. É assim, só assim, que os fracos sabem governar; é assim que governa quem nos governa!
Uma prática de pura irresponsabilidade
Ao longo da Legislatura foram muitos os quadros legais alterados e as medidas tomadas, orientadas para um mesmo objectivo: atacar a Escola Pública, degradar as suas respostas e piorar as suas condições de trabalho e as condições de exercício profissional, desvalorizar a carreira dos professores e educadores. E mesmo quando os diagnósticos estavam correctos, identificando os problemas mais sérios que tomaram conta do sistema e das escolas, raramente se foi além do artifício, do faz-de-conta, da pompa para português ver, perdendo-se, não só, a oportunidade de os resolver, como, algumas vezes, agravando-os. Uma prática de pura irresponsabilidade.
Do extenso rol de medidas que encaixam no que antes se afirmou, destaco:
- O Estatuto da Carreira Docente com a divisão que impôs aos professores, com o seu deplorável modelo de avaliação, com a espúria prova de ingresso, com as regras gerais sobre horários de docentes, com os novos requisitos para a aposentação;
- O novo modelo de direcção e gestão escolares;
- O novo regime sobre Educação Especial;
- O novo regime sobre concursos e as regras promotoras de discricionariedade adoptadas para colocação nos TEIP que o ME pretende transformar em regra geral. Em Setembro próximo, serão conhecidas as consequências destes concursos, prevendo-se um aumento muito grande da instabilidade e, sobretudo, do desemprego que atingirá docentes com muitos anos de serviço e que são necessários às escolas;
- O regime de actividades de enriquecimento curricular inventado pelo Governo;
- A desvalorização dos estágios pedagógicos e, de uma forma mais geral, a desvalorização da formação de professores, em particular para o 2.º Ciclo do Ensino Básico;
- A transferência de responsabilidades, sem reforço de recursos, para municípios à beira da falência;
- O encerramento cego de escolas do 1.º Ciclo que acarretaram grandes e graves sacrifícios para milhares de crianças.
Jogar com as estatísticas não resolve o insucesso e o abandono escolaresMas se outras provas não existissem, o simples facto de não ter concretizado o compromisso governativo de alargamento da escolaridade obrigatória para 12 anos é, por si só, a confirmação do fracasso da política do actual Governo para a Educação. Um compromisso que, integrando o programa do Governo, deveria ser concretizado, efectivamente, neste final de Legislatura. Mas não, sem nada fazer para a sua consecução, o Governo fez o mais simples que foi anunciar o alargamento para 2012/2013... o próximo governo que resolva os problemas... e se eles são graves... É que podem os responsáveis do ME jogar com as estatísticas que não é isso que resolve os problemas de insucesso e abandono escolares que continuam a abater-se sobre o nosso sistema educativo e que Lurdes Rodrigues e José Sócrates não resolveram.
Simplesmente porque os problemas não se resolvem com foguetes e artifício. Os problemas resolvem-se com medidas concretas e adequadas que exigem investimento e essas não existiram.
Pode fazer-se foguetório em torno do formidável Magalhães, dos espectaculares resultados das novas oportunidades, das extraordinárias obras do parque escolar, das inebriantes melhorias dos níveis de assiduidade dos alunos, das apetecíveis esmolas da acção social escolar... pode o Primeiro-Ministro iludir-se ou querer iludir-nos, apesar dos fracassos do sistema, maquilhando os problemas para apresentarem boas cores, que não consegue enganar quantos, nas escolas, percebem que o dia a dia não mereceu alterações significativas e, pelo contrário, no caso dos professores, são piores as condições em que exercem a profissão e, cada vez menos, o tempo de que dispõem para o que é fundamental: o trabalho com os alunos... ensinar!
Luta: há resultados que não podem deixar de ser considerados como significativosMas, neste quadro tão negativo, a luta dos professores não foi ineficaz como, por vezes, nos querem fazer crer. Pelo contrário, no actual contexto político, há resultados que não podem deixar de ser considerados como significativos, só possíveis porque lutámos, porque resistimos, porque recusámos a resignação e decidimos vir para a rua manifestar a nossa indignação. O último e mais relevante refere-se ao recuo do ME em relação à transição generalizada do vínculo de nomeação para o contrato individual de trabalho, embora tal recuo não seja de carácter definitivo, o que exige que fiquemos atentos e vigilantes.
Recordo, igualmente, o recuo do Governo relativamente à tutela autárquica dos docentes do ensino básico ou a não aplicação da avaliação, no ano passado, à generalidade dos professores portugueses, bem como algumas alterações que corrigiram distorções, embora não as estruturais, introduzidas na organização dos horários dos docentes. O recuo no encerramento de escolas, tendo ficado por cerca de metade das que pretendia e anunciou encerrar.
Mas os problemas não surgiram apenas da matriz negativa das políticas, mas da postura de uma direcção geral, de seu nome DGRHE, que suportada politicamente pelo aparelho ministerial nunca recuou perante a necessidade de desrespeitar as leis, por vezes de forma grosseira, sempre que isso lhe dava jeito. E, também, sob o seu comando, da pressão que a direcções regionais vêm exercendo sobre as escolas. Aconteceu com a carreira, com a avaliação, com os concursos, com a gestão das escolas, com as substituições de docentes, com a colocação de professores na Educação Especial, tornando-se este governo recordista de queixas em tribunal, sendo elevado, como nunca, o número de processos que correm contra si. Mas até isso os governantes querem impedir, tornando um luxo, pelos custos, o que deveria ser um acto de cidadania: o recurso aos tribunais. Fora da lei, o Ministério da Educação, mais uma vez, utilizou a maioria absoluta para impor as suas soluções! Podem os professores permitir que continue a ser assim? Entendemos que não e continuaremos sem dar tréguas também no plano jurídico!
E quanto ao futuro?! Que fazer?! Para já e no que respeita ao futuro imediato, iremos pressionar o Ministério da Educação nos três processos negociais que ainda decorrerão para obtermos os melhores resultados possíveis, mesmo sabendo que, com este governo já muito dificilmente eles terão grande significado. Tais processos são:
- O de revisão do ECD, aguardando-se uma proposta concreta do Ministério, mas ficando desde já claro que não nos contentaremos com trocos, pois o que desvaloriza a carreira docente são as questões maiores;
- O de substituição do modelo de avaliação, certos de que, com quotas e com o carácter burocratizado do actual modelo, qualquer eventual acordo será desde logo inviabilizado, o mesmo acontecendo se o ME, em vez de uma verdadeira alteração, quiser ficar pelos retoques;
- O de aprovação das regras para a elaboração dos horários dos professores para o próximo ano lectivo, sendo este um dos aspectos mais importantes para os professores e para a qualidade do seu desempenho.
Mas, para o futuro, e esta é a oportunidade, há que garantir compromissos. Compromissos que deverão ser assumidos pelos que se preparam para governarem na próxima Legislatura, mas, também, por todos os que através dos seus deputados terão influência na definição das políticas, o que ganhará importância num contexto de maioria relativa.
Estar aqui hoje pretende ser, também, garantir o futuro, pois damos um sinal de continuarmos atentos e exigentes quanto ao futuro. Há cansaço, há desgaste que decorrem de lutas que têm sido travadas num quadro muito difícil e complexo a ponto de alguns desanimarem e desistirem... Poderá haver, reconhecemos... mas o melhor brinde que poderíamos dar a quem tanto nos tem atacado, enxovalhado e desconsiderado seria não estarmos aqui hoje; seria esquecermos, por uns tempos, o que nos fizeram; seria passarmos, agora, uma esponja sobre o que aconteceu? Esse brinde não o oferecemos, pois eles não o merecem!
Quanto ao futuro, seremos exigentes, como sempre. Exigimos uma política que garanta a qualificação dos portugueses, que combata efectivamente as chagas do abandono e do insucesso escolares, queremos uma política que garanta qualidade às respostas educativas e sociais da escola e, em particular, da Escola Pública, queremos uma política que também coloque os professores no centro, os respeite na sua dignidade profissional, valorize o exercício da profissão de professor, considere os profissionais docentes como profissionais autónomos e reflexivos que dispensam manuais de aplicador, mas exigem reconhecimento e respeito.
Será esta a última luta que os professores levam a efeito nesta Legislatura? Não necessariamente! Como sempre tem acontecido, umas vezes em Plataforma, outras por iniciativa de cada organização, há novas acções que poderão, deverão e terão de ser desenvolvidas, designadamente as que se justifiquem de acordo com o rumo que tiverem os processos que se esperam verdadeiramente negociais que decorrerão em Junho e Julho. Para além de, num momento tão importante como o que o País atravessa, não ser possível que deixemos apagar a memória que o poder gostaria que se apagasse mesmo sendo recente. Por isso há que continuar a denunciar, esclarecer, pugnar para que se altere a actual correlação de forças.
Os vícios de autoritarismo Respeitando as opções políticas de cada um de nós, mas também consciente de dar voz a um sentimento que é de quase todos, repito que é nosso desejo que, nas próximas eleições legislativas, ganhe quem ganhar, ninguém obtenha maioria absoluta. Preveniremos, assim, os vícios que essa maioria tem vindo a provocar. Os vícios de autoritarismo que, se não forem prevenidos, poderão não ser possíveis de remediar. Nós sabemos que, não fosse a maioria absoluta e a avaliação estaria suspensa, a carreira já não estaria dividida em duas, como outros quadros legais teriam merecido alterações de sentido positivo.Isso chega-nos para percebermos por que não queremos mais maiorias que, por serem absolutas, se transformam em santuários das ditaduras da incompetência e da arrogância!
Encerra um importante ciclo de lutasOutro se abriráFinalmente hoje, aqui nesta Avenida de seu nome Liberdade, pretendemos dizer adeus, porque nos queremos ver livres, às actuais políticas educativas e a quem, no Ministério da Educação, lhes dá rosto e as protagoniza. Queremos dizer adeus a um período tão negro da história da Educação em Portugal, queremos saudar quantos, pela sua presença, pela sua luta, pela sua entrega, pelo seu profissionalismo, pela sua persistência, pelas suas propostas, pela sua dignidade, merecem ser saudados, merecem ser reconhecidos, merecem ser considerados: Bem Hajam os Professores e Educadores Portugueses!
Está prestes a encerrar um ciclo, um importante ciclo de lutas. Outro se abrirá, a seguir, que terá de ser de reconstrução. Estaremos cá para essa reconstrução, com propostas, disponibilidade negocial, mas, também, com acção e luta... ninguém duvide de que o futuro se constrói com os professores e educadores e de que estes, porque amam a escola e a profissão, nunca irão desistir!
Viva a Educação de Qualidade!
Viva a Escola Pública!
Vivam os Professores e Educadores Portugueses!
Vivam todos os que não calam, não desistem, não abdicam de lutar e, assim, mantêm vida a democracia!

Mário Nogueira [Secretário-Geral da FENPROF; Porta-Voz da Plataforma Sindical dos Professores]

Editorial - Público



Editorial - Público

Manif - 30 de Maio

Manif, 30 de Maio



Nota - Os meus agradecimentos à Teresa Marques, que eu não encontrei, ontem.

Escreve, Sócrates!


Manif, Lisboa, 30 de Maio de 2009
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Escreve, Sócrates!

Escreve, Sócrates! Escreve o que te digo.
Em Outubro, por mim, não terás novas oportunidades!

Bloggers



Lírio encontra Escorpião Azul - Manif - 30 de Maio de 2009
Fotografia de Eugénio Mourão

Bloggers

Pois foi desta.
Aqui fica o momento alto da Manif de ontem, o momento em que um Lírio Especial da Covilhã se encontra com um Escorpião Azul de Amarante.
Foi um encontro blogosférico feito de beijinhos e abraços, bons!, com perguntas pelo meio... e a Elsa, e o Clap? E a Tiza, veio? E a Fátima? Já estás melhor? Falta a Dudú! Apresento-te a Ana, ok, aqui na blogosfera a TVstar. E o Raúl? Linda! Conseguimos!
Foi uma oportunidade única e aproveitámos para colocar a escrita em dia sem teclado ou telemóvel! Foi o momento alto da Manif! Rodeada de Lírios da Campos Melo até dizer chega!
Não foi EMD?
E eis que surge no horizonte a Fátima André! A Fátima que já carregou este blogue de prémios até dizer chega! A generosa! Beijinhos e abraços de novo... dia liiiiiiiiiindo este!
Partilho a fotografia que juntou três blogues e respectivas bloggers: o "Olhai os Lírios da Campos, o Anabela Magalhães e o Revisitar a Educação.
O registo deste encontro, pela primeira vez não virtual, fica aqui para sempre e para sempre permanecerá comigo.
Lindo dia este! Com as emoções à flor da pele!
Como eu gosto.

Manif


Manif - 30 de Maio - Lisboa
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Manif

Não sei se fomos sessenta, ou setenta ou mesmo oitenta mil.
Sei apenas que fomos muitos, um mar de gente outra vez, a prometer à senhora ministra voltar sempre que necessário até haver, de facto, uma inversão nas políticas educativas.
A luta continua. Com a certeza de que este capital humano, este núcleo duro de resistentes que hoje foram metade do corpo docente do Ensino Público Português, marcharão sobre Lisboa, ao frio ou ao sol, sempre que necessário. Sempre que necessário.
Hoje foi duro, debaixo de um sol inclemente aguentamos estoicamente para reentrar em casa de cabeça erguida, dignificados e irmanados por uma luta que sabemos justa.
Foi liiiiiiiiiiiiiiiiiiiindo, Milú!

sábado, 30 de maio de 2009

Não Vais??????


Fotografia de Não Sei Quem

Não vais?????????

Mas que pena!
Assim não conhecerás o sabor da luta, o desfrute da caminhada, o cansaço do dever cumprido.

Nota - Sei bem que muitos não conseguirão ir amanhã. E gostariam.
Este post não é para eles.

Post parcialmente retirado daqui http://clapclapcalppp.blogspot.com/
Ó Clapinho, a fotografia é da tua autoria?

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Para Lisboa e em Força!



Para Lisboa e em Força!

Aqui deixo o apelo do Antero do blogue http://antero.wordpress.com/
Obrigada e parabéns, Antero! Está lindo!
"E voa, voa! Para Lisboa!"

Carta Aberta à Ministra da Educação




Carta Aberta à Ministra da Educação

Docentes da E. S. Infanta Dona Maria aprovaram carta aberta à ministra e apelam à participação na manif de amanhã

Senhora Ministra,

Afirmou a senhora há tempos que tinha perdido os professores mas ganhado a opinião pública. Nós, professoras e professores da Escola Secundária Infanta D. Maria, estamos pois entre os muitos que a senhora "perdeu". E sentimo-nos perdidos, de facto:
- quando se divide artificialmente os professores em categorias com base em critérios discricionários e se degrada o nosso estatuto profissional;
- quando a tutela nos quer impor um pretenso modelo de avaliação de desempenho docente que não é senão um sistema para bloquear a carreira e para trucidar a solidariedade e a colaboração entre profissionais;
- quando a nossa entidade patronal ao invés de valorizar e dignificar os seus funcionários só cura de os vilipendiar e humilhar, só pretende transformá-los em acéfalos serventuários;
- quando o ministério não promove a educação mas dá tantas oportunidades ao facilitismo e ao sucesso nas estatísticas;
- quando se fecha os olhos ao absentismo e à indisciplina dos alunos;
- quando verificamos que décadas de árduo trabalho e de descontos para a aposentação redundam em exíguas reformas;
- quando, mesmo apesar disso, o êxodo dos profissionais se agrava (só no último ano aposentaram-se nesta escola cerca de 1/5 dos professores do quadro);
- quando se estimula a mais reles subserviência e a mais abjecta delação;
- quando em vez de promover a cooperação com a comunidade se transformam as escolas em armazéns a tempo inteiro e se estimula a desresponsabilização das famílias no processo educativo;
- quando se faz tábua rasa de décadas de experiência e inovação na gestão democrática das escolas e se impõe o regresso ao director autocrático.
Estamos cansados da sua surdez arrogante, da sua prepotência ignorante. É que a senhora perdeu os professores e não ganhou nada. Só por ignorante cegueira é possível não ver que se compromete assim o futuro de gerações, que Portugal não descolará da cauda do desenvolvimento com manipulações estatísticas, com show-off mediático.
Ao contrário da senhora, nós estamos empenhados na defesa de uma escola pública de qualidade para todos, que promova o desenvolvimento do país e a qualidade de vida dos cidadãos.
Por isso, apesar de perdidos e cansados, continuamos indignados. E com ganas de lutar por uma mudança urgente das políticas na educação.
Hoje aqui, no próximo sábado em Lisboa, queremos dizer-lhe basta! Se não é capaz de inverter as suas políticas, de dignificar a escola pública e promover realmente a educação para todos, vá-se embora! Já provocou demasiados estragos –quiçá irreparáveis – na escola portuguesa. Vá-se embora! Não deixa saudades!
Escola Secundária Infanta Dona Maria, 26/5/09

Subscrevo cada palavra escrita e confesso que gostaria de ter escrito esta carta aberta.

In http://www.profblog.org/2009/05/docentes-da-e-s-infanta-dona-maria.html

O Vírus da Toléria Volta a Atacar?

O Vírus da Toléria Volta a Atacar?

Sobre o processo da normalidade/anormalidade do concurso para director.

"Segundo Jorge Pedreira, o processo tem decorrido dentro da normalidade, "ao contrário do que acontecia no anterior regime"."

Normalidade agora "Ao contrário do que acontecia no anterior regime???!!!
De que fala Pedreira?
Este homem é um enigma!

Aqui deixo o link para quem tiver pachorra para ler o resto.

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=391155

Manif



Manif

Razões simples para um apelo necessário

Alguns de nós podem achar que sabe a pouco. Outros que foi precipitado. Outros ainda que estão cansados. Muitos mais ainda os que discordam desta ou daquela escolha. Mas todos sabemos que nos vamos encontrar no Sábado.
É a diferença que nos enriquece, é o debate e a polémica que nos fazem crescer, e são eles que nos podem a qualquer momento fazer mais fortes. Agora é o momento. É disso que este governo tem medo e é disso que a escola precisa. Em boa hora.
A manifestação é contigo e com todos/as!

Listagem actualizada (com links) dos subscritores do apelo "Encontramo-nos ao Sábado":
1) Este governo desfigurou a escola pública. O modelo de avaliação docente que tentou implementar é uma fraude que só prejudica alunos, pais e professores. Partir a carreira docente em duas, de uma forma arbitrária e injusta, só teve uma motivação economicista, e promove o individualismo em vez do trabalho em equipa. A imposição dos directores burocratiza o ensino e diminui a democracia. Em nome da pacificação das escolas e de um ensino de qualidade, é urgente revogar estas medidas.
2) Os professores e as professoras já mostraram que recusam estas políticas. 8 de Março, 8 de Novembro, 15 de Novembro, duas greves massivas, são momentos que não se esquecem e que despertaram o país. Os professores e as professoras deixaram bem claro que não se deixam intimidar e que não sacrificam a qualidade da escola pública.
3) Num momento de eleições, em que se debatem as escolhas para o país e para a Europa, em que todos devem assumir os seus compromissos, os professores têm uma palavra a dizer. O governo quis cantar vitória mas é a educação que está a perder. Os professores e as professoras não aceitam a arrogância e não desistem desta luta: sair à rua em força é arriscar um futuro diferente. Sair à rua, todos juntos outra vez, é o que teme o governo e é do que a escola pública precisa. Por isso, encontramo-nos no próximo sábado.

Os blogues: A Educação do Meu Umbigo (Paulo Guinote), ProfAvaliação (Ramiro Marques), Correntes (Paulo Prudêncio), (Re)Flexões (Francisco Santos), Educação SA (Reitor), O Estado da Educação (Mário Carneiro), Professores Lusos (Ricardo M.), Outròólhar (Miguel Pinto), Pérola de Cultura (Helena Feliciano), O Cartel (Brit.com, Advogado do Diabo), Escola do Presente (Safira), Anabela Magalhães, Bilros & Berloques, Sinistra Ministra, Revisitar a Educação (Fátima André), Sexo Grátis, Tempo de Teia, O Vento que Passa, Bioterra, Catarse, Mais3KD , Fénix Vermelha , Terras Altas, pé-ante-pé , Olhares, Olhai os lírios dos Campos ,Equilíbrios, Inducação, Interregnos para Desabafos, Luta Social, Primeiro Fax, Topo da Carreira

Os movimentos: APEDE (Associação de Professores em Defesa do Ensino), MUP (Movimento Mobilização e Unidade dos Professores), PROmova (Movimento de Valorização dos Professores), MEP (Movimento Escola Pública), CDEP (Comissão em Defesa da Escola Pública)
Publicada por Movimento Escola Pública em 0:04

MOVIMENTO ESCOLA PÚBLICA IGUALDADE E DEMOCRACIA
http://www.movescolapublica.net/
Manifestação nacional de professores
Sábado, 30 de Maio, Lisboa, 15h, Marquês de Pombal
Ponto de encontro do Movimento Escola Pública: 14h45, no cruzamento da Avenida Joaquim António Aguiar (a que sobe do Marquês para os Amoreiras) com a Rua Castilho.

A Farsa Continua

A Farsa Continua

A farsa continua com M. L. R. a afirmar que quatro ou cinco escolas vão falhar o prazo de eleger um director pelo novo modelito de gestão.
Ao que parece as quatro ou cinco são afinal cerca de metade.
É um errito pequeno, pequenino, decerto de quem se pôs a fazer contas de cabeça e não deu conta do recado ou que usou uma máquina de calcular daquelas que usam na 5 de Outi«ubro e que dá a volta a qualquer número que se preze.
E continuamos nisto.
É só mais uma razão para irmos a Lisboa, cansados de um ano de loucos, cansados de sermos tratados como atrasados mentais pela tutela.

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1383650

http://jornal.publico.clix.pt/default.asp?url=%2Fmain%2Easp%3Fc%3DA%26dt%3D20090529%26id%3D16873759

Manif

Manif

Manifestação de 30 de Maio - Locais de concentração e percursos

Já somos muitos milhares. Do Norte, do Centro, do Sul, de toda a área da Grande Lisboa crescem as inscrições nos autocarros e a organização dos professores e educadores nas escolas para virem todos juntos para a grande manifestação.
Porque vamos ser muitos milhares convém ter em conta os locais de concentração na zona do Marquês de Pombal:

Locais de concentração:

a) Os docentes provenientes do Norte e Centro concentram-se no Parque Eduardo VII.
b) Os docentes provenientes da área da Grande Lisboa e do Sul concentram-se na Rua Joaquim António de Aguiar (sentido descendente, é a rua que liga o Marquês às Amoreiras).

O percurso da manifestação terá a seguinte orientação:

Ordem de entrada na Manifestação:
1º Sul; 2º Grande Lisboa; 3º Centro; 4º Norte. (Madeira e Açores a ver no local)

A cabeça da manifestação sairá do final da Rua Joaquim António Aguiar / Praça Marquês de Pombal. Quando todos estiverem já na Avenida da Liberdade, deslocar-se-ão os docentes do Centro e do Norte, desde o final do Parque Eduardo VII, para a Avenida da Liberdade.
O desfile termina com uma concentração na Praça dos Restauradores.

Indicações para os autocarros:

Autocarros provenientes do Sul e da Grande Lisboa (via A2 - Ponte 25 de Abril) deverão dirigir-se em direcção a Marquês de Pombal - Avenida Duarte Pacheco - Rua Joaquim António de Aguiar, onde descarregam os docentes e seguem, pela Rua Artilharia 1, para a Alameda Cardeal Cerejeira, onde estacionam. No regresso os professores procuram os autocarros na Cardeal Cerejeira. (Nota - A Alameda Cardeal Cerejeira é a rua do Alto do Parque Eduardo VII, onde está a bandeira gigante). Autocarros provenientes do distrito de Santarém dirigem-se, via Eixo Norte / Sul, para a Praça de Espanha, sobem a Avenida António Augusto de Aguiar e logo a seguir à lateral do Corte Inglés cortam à direita para a Alameda Cardeal Cerejeira. Os docentes dirigem-se depois a pé para a Rua Joaquim António de Aguiar, descendo o Parque Eduardo VII.
Autocarros provenientes do Norte e Centro deverão descarregar os docentes junto ao Marquês de Pombal e dirigirem-se para a Avenida da Liberdade, Restauradores, Rossio, Rua do Ouro, Rua do Arsenal (aberta nesta altura excepcionalmente) e daí para a Avenida 24 de Julho para estacionamento. No regresso os professores vão ter com os autocarros, pelo mesmo percurso. O regresso destes autocarros far-se-á obrigatoriamente pela Avenida de Ceuta, que dá ligação ao Eixo Norte - Sul e à 2ª Circular (saídas para a A1 e A8).

Notas: Não esquecer que a Avenida da Ribeira das Naus está encerrada ao trânsito (é a avenida/rua junto ao rio no Terreiro do Paço) pelo que a aproximação a Lisboa não deverá ser feita pelo IC2 e eixo junto ao Tejo. Convém que quem vem do norte e centro utilize a A1 ou a A8 e faça a aproximação ao Marquês de Pombal pelo eixo central (Campo Grande, Entrecampos, Saldanha, Marquês de Pombal). Em alternativa poderão dirigir-se ao Eixo Norte / Sul e sair para a Praça de Espanha e depois seguir pela Avenida António Augusto de Aguiar e descer para o Marquês.
Todos os passageiros devem ficar com o número de telemóvel do responsável do autocarro e do motorista.
A Manifestação começa às 15h. Convém chegar antes.
Encontramo-nos todos no sábado!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Normalidade?

Normalidade?

A normalidade parece ter abandonado muita gente neste país, o que me deixa deveras apreensiva e a tentar encontrar uma explicação plausível para tão estranho facto.
Será que o vírus H1N1, que se espalha por esse mundo fora como fogo num palheiro, sofreu uma qualquer mutação ao passar as fronteiras do nosso país e é agora o agente responsável pela toléria que grassa, a torto e a direito, entre gente que devia ocupar os cargos com decoro?
Ou sou eu que já conheci melhores dias?

Comentário

Comentário

"Apanhei" este comentário de um não professor no blogue http://olhaiosliriosdacampos.blogspot.com/.
Achei-o bonito e ajuízado e, por isso, trouxe-o comigo.

Mas é que ninguém duvide que seguiremos as sugestões!

Luís Silva Rosa disse...
A Escola é a maior empresa de capital humano dum País. Pesa sobre os Professores a enorme responsabilidade de evitar a sua falência em termos de criar cidadãos capazes de obter um futuro digno, logo melhor.
Pelo que tenho visto e ouvido, embora não se manifeste, a maioria da população está convosco. Força e manifestem-se também com o voto!
27 de Maio de 2009 23:02

Vergonha



Vergonha

Sem mais comentários e com os meus agradecimentos ao Ramiro Marques, do blogue http://www.profblog.org/

E aí vai mais um...

E aí vai mais um...

Parece que o ps "já" deixou cair Vitor Constâncio.
É caso para dizer "E aí vai mais um de cheiro nauseabundo!"

Apurem-se as responsabilidades da balda, se faz favor, e, já agora, punam-se os culpados.

É favor ler a notícia clicando no link http://dn.sapo.pt/bolsa/interior.aspx?content_id=1246049

Requerimento

Requerimento

por Euleriano Ponati, poeta nao titular

Requerimento a Fernanda

Ó Fernanda,
dado que já estou cansado
do ar teatral
a que ele equivale
em todo o horário
de cada canal,
no noticiário,
no telejornal,
ligando-se ao povo,
do qual ele se afasta,
gastando de novo
a fala já gasta
e a pôr agastado
quem muito se agasta
por ser enganado.
Ó Fernanda, dado
que é tempo de basta,
que já estou cansado
do excesso de carga,
do excesso de banda,
da banda que é larga,
da gente que é branda,
da frase que é ópio,
do estilo que é próprio
para a propaganda,
da falta de estudo,
do tudo que é zero,
dos logros a esmo
e do exagero
que o nega a si mesmo,
do acto que é baço,
do sério que é escasso,
mantendo a mentira,
mantendo a vaidade,
negando a verdade,
que sempre enjoou,
nas pedras que atira,
mas sem que refira
o caos que criou.
Ó Fernanda, dado
que já estou cansado,
que falta paciência,
por ter suportado
em exagerado
o que é aparência.
Ó Fernanda, dado
que já estou cansado,
ao fim e ao cabo,
das farsas que ele faz,
a querer que o diabo
me leve o que ele traz,
ele que é um amigo
de Sao Satanás,
entenda o que eu digo:
Eu já estou cansado!
Sem aviso prévio,
ó Fernanda, prive-o
de ser contestado!
Retire-o do Estado!
Torne-o bem privado!
Ó Fernanda, leve-o!
Traga-nos alívio!
Tenha-o só num pátio
para o seu convívio!
Ó Fernanda, trate-o!
Ó Fernanda, amanse-o!
Ó Fernanda, ate-o!
Ó Fernanda, canse-o!

Nota - Recebida por mail. Obrigada pela partilha, Elsa.
Está linda!

Manif - 30 de Maio

Manif - 30 de Maio

Bem Bom!

Bem Bom!

É somente o último escandalo nacional.
Bolas! Até fiquei tonta com o número! Será possível?!
10 milhões de euros em meio ano de trabalho?! Será possível?!
Um dia destes estas histórias vão terminar mal. Bem mal!


No Bom Caminho!

No Bom Caminho!

Este ps está no bom caminho.
Almeida Santos só tem tido excelentes ideias que servem direitinho para afundar este ps e por isso está de parabéns, por fazer um enormíssimo favor aos portugueses.
É que tem sido cada tiro, cada melro!
Excelente ideia! Venha o imposto mundial!
E aquela dos deputados não trabalharem à sexta porque a seguir é fim-de-semana também foi de rebolar a rir, Santos!
Não me esqueci dessa. Aliás não a esquecerei tão cedo.

Almeida Santos defende novos impostos mundiais

"O presidente do PS saiu em defesa da ideia de Vital Moreira de criar um impostos europeu, admitindo inclusivamente a necessidade e novos impostos mundiais.
"Eu até defendo impostos mundiais para problemas que se globalizaram. Se eu defendo impostos mundiais para problemas que se mundializaram, como poderia não defender impostos europeus à escala europeia", respondeu Almeida Santos aos jornalistas a meio de uma acção de campanha do PS para o Parlamento Europeu em Seia.
O presidente do PS frisou ser "favorável a uma nova ordem fiscal mundial e europeia" e secundarizou um eventual aumento da carga fiscal.
"Há problemas que se globalizaram e que não têm solução nacional. Se há problemas que têm incidência europeia, então podem ser resolvidos com um imposto a nível europeu", sustentou."

Para ler mais clique em http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1245495

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Demissão

Demissão

Dias Loureiro demitiu-se, finalmente, do cargo que ocupava no Conselho de Estado.
Fez bem. Na verdade já não era sem tempo pois o cheiro nauseabundo e putrefacto que a sua pessoa exalava chegava já ao país todo.
Infelizmente o cheiro do país não me parece que melhore sustancialmente só com esta demissão.
Para mal dos habitantes cá do rectângulo.

Tomada de Posse na ESA

Tomada de Posse na ESA

A tomada de posse do Director da ESA, por acaso e por agora ainda a minha Escola, foi ontem pelas 19 horas, e pelo pouco que pude observar deve ter decorrido com toda a pompa e circunstância.
Foi-me completamente impossível estar presente por causa de um Andrew Bird a clamar pela minha presença, em Braga, mas nem que estivesse livre gostaria, ou quereria, marcar presença naquela cerimónia que entronizou um Director que, permanecendo o mesmo, não foi eleito pelos seus pares.
Não gostei desta alteração legislativa que mudou por completo o modelo de gestão da Escola Pública portuguesa. É um facto que na ESA já havia a figura de Director. É um facto que para mim tanto se me dá que essa figura de proa nas escolas se chame Presidente, Director ou o que quer que seja. É um facto que eu concordo com o reforço de alguns poderes por parte de quem chefia uma Escola. Mas é igualmente um facto que eu considero uma machadada no sistema democrático o impedirem-me de me pronunciar sobre a figura que me lidera e que me impeçam de escolher passando-me um atestado de menoridade dentro da instituição onde trabalho, retrocesso óbvio relativamente à época anterior em que sempre exerci o meu direito/dever de voto.
Ok. Bem sei que no caso a figura até é a mesma, mas a verdade verdadinha é que a maneira de chegar lá é agora radicalmente diferente com este modelo incomparavelmente mais permeável ao poder político, em muitos casos até completamente dependente dele.
Não gosto de partidos políticos. Não gosto de partidos religiosos. Não gosto de partidos desportivos. Não gosto de partidos e só gosto de inteiros com o risco que isso comporta por sermos verdadeiros e honestos e não deixarmos que nos ponham cabrestos imbecis que nos fazem abanar a cabeça obedientemente perante o Grande Líder, qualquer que ele seja.
Por isso não poderia nunca estar presente, honestamente, mesmo sem o Bird.
E as minhas razões não se ficam por aqui. Confesso que ao ver ontem as individualidades convidadas, dos políticos às associações locais, dos estabelecimentos escolares dos arredores aos bombeiros, da Guarda Nacional Republicana ao padre e do mais que agora nem me ocorre, não deixei de pensar como este modo de fazer as coisas está demodé, bolorento, mofento e a cheirar aos tempos da outra senhora em que este tipo de cerimónia tinha este peso institucional delapidador de recursos do Estado. Confesso-me a cada dia que passa mais contrária a estas práticas institucionais do Estado que engorda pelas cúpulas e emagrece pelas bases e a cada dia que passa mais valorizo a acção em detrimento do folclore. E para mim isto é folclore. Isto e o corta fitas aqui e ali, e o Magalhães a ser publicitado por um primeiro que não sabe o lugar que ocupa numa instituição chamada Estado. Mas não interessa e lá estou eu de novo a desviar-me do assunto que aqui me trouxe.
Por isso resta-me desejar as maiores felicidades ao meu novo/velho Director no desempenho de um cargo que mexe com cada um de nós e esperar que os novos poderes não lhe subam à cabeça e ele o possa exercer com cada vez mais sabedoria, ponderação e bom senso. Amaria acima de tudo que o meu Director conseguisse exercer o seu cargo, agora ainda com mais responsabilidades e poderes, de forma isenta e descomprometida face a um poder central socialista que a meu ver está a cada dia que passa mais castrador... mas parece-me de todo impossível. Daí esta minha animosidade contra os clubes, quaisquer que eles sejam. Porque nos toldam o espírito e nos impedem de ver com clareza e nos amarram ao que outros pensam e nos deixam os neurónios preguiçosos.
Ontem, ao sair de uma reunião que acabou às 19 horas, fedorenta de um dia de trabalho que começou bem cedo e acabou aquela hora obscena para um professor, com a Escola já cheia de individualidades, cheia de pressa para tomar um banho retemperador e comer qualquer coisa que me permitisse aguentar a noitada que me esperava, que a vida não pode ser só feita de Escola, passei pelo engenheiro Sampaio, o meu Director, e cometi a indelicadeza de não lhe desejar um excelente desempenho do cargo. Cargo que não é fácil, eu sei, e que eu nem toda cobertinha de ouro trocaria pelo meu lugar de zeca.
Por isso aproveito esta postagem crítica para igualmente me redimir da minha falha técnica de ontem e para lhe deixar publicamente votos de excelente trabalho. Para bem do equilíbrio e felicidade de todos quantos habitam a ESA.
A nós, que não partilhamos desta visão sobre a bondade da coisa, só nos resta continuar a lutar contra um modelo impróprio para consumo.
É o que faremos já no próximo Sábado, em Lisboa.

Imposto Europeu

Imposto Europeu

Ao que parece o Avô Cantigas tentou ressuscitar um nado-morto concebido por Mário Soares em tempos já muito idos.
Por mim acho excelente ideia que os ditos socialistas, através do seu cabeça de lista às Europeias, que se realizarão não tarda nada, apregoe a criação deste imposto aos quatro ventos. Acho até que deverá ser secundado por todos os ministros, sem excepção, nesta idiotice.
É que quanto mais idiotices deste calibre saírem destas cabeças pensantes mais o ps verá a vitória nas próximas eleições a esvair-se por um canudo!
O que me deixará feliz, confesso!
O que me deixará com um sorriso estampado na cara do tamanho da minha Barca!

Encontramo-nos Sábado

Encontramo-nos Sábado

Terça-feira, 26 de Maio de 2009

ENCONTRAMO-NOS SÁBADO

"1) Este governo desfigurou a escola pública. O modelo de avaliação docente que tentou implementar é uma fraude que só prejudica alunos, pais e professores. Partir a carreira docente em duas, de uma forma arbitrária e injusta, só teve uma motivação economicista, e promove o individualismo em vez do trabalho em equipa. A imposição dos directores burocratiza o ensino e diminui a democracia. Em nome da pacificação das escolas e de um ensino de qualidade, é urgente revogar estas medidas.
2) Os professores e as professoras já mostraram que recusam estas políticas. 8 de Março, 8 de Novembro, 15 de Novembro, duas greves massivas, são momentos que não se esquecem e que despertaram o país. Os professores e as professoras deixaram bem claro que não se deixam intimidar e que não sacrificam a qualidade da escola pública.
3) Num momento de eleições, em que se debatem as escolhas para o país e para a Europa, em que todos devem assumir os seus compromissos, os professores têm uma palavra a dizer. O governo quis cantar vitória mas é a educação que está a perder. Os professores e as professoras não aceitam a arrogância e não desistem desta luta: sair à rua em força é arriscar um futuro diferente. Saír à rua, todos juntos outra vez, é o que teme o governo e é do que a escola pública precisa. Por isso, encontramo-nos no próximo sábado.
Subscrevem:
Os blogues: A Educação do Meu Umbigo (Paulo Guinote), ProfAvaliação (Ramiro Marques), Correntes (Paulo Prudêncio), (Re)Flexões (Francisco Santos), Educação SA (Reitor), O Estado da Educação (Mário Carneiro), Professores Lusos (Ricardo M.), Outròólhar (Miguel Pinto)Os movimentos: APEDE (Associação de Professores em Defesa do Ensino), MUP (Movimento Mobilização e Unidade dos Professores), PROmova (Movimento de Valorização dos Professores), MEP (Movimento Escola Pública), CDEP (Comissão em Defesa da Escola Pública)"

Este post veio do blogue do MUP.
É evidente que o subscrevo. A luta continua.

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1383274&idCanal=58

Andrew Bird


Bird - Theatro Circo - Braga
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Andrew Bird

E volto a partilhar Andrew Bird, aquele que se reinventa a cada espectáculo, aquele que jamais se deixará prender a qualquer espartilho, apresentando-se em palco sempre pronto a correr riscos, oferecendo-nos versões absolutamente originais, cada uma mais extraordinária do que a anteriormente escutada.
Com Bird não há lugar à repetição certinha, espectável. Com Bird nunca há duas versões iguais de nada. A criatividade está-lhe no sangue diluída em doses monumentais que transbordam em jogos de palavras improváveis, em sons inesperados retirados aos instrumentos que ele domina com perícia.
Impossível não me lembrar da aberração das planificações de aula que têm sobre mim o efeito de um espartilho e não me deixam a aula correr ao sabor do improviso, meu e da turma, consoante a inspiração do momento.
Quem disse que as aulas sem grelhinhas xpto são de qualidade inferior? Quem são os idiotas dos burrocratas que nos andam a infernizar a vida matando o entusiasmo, a alegria, a felicidade, indispensáveis para a execução de um trabalho significativo e que marque os alunos?
Impossível não fazer esta analogia, agora que revejo e rebobino o concerto, depois de uma noite de sono trinado. Impossível recordar este Bird sem uma dose monumental de inveja pela criatividade e trabalho ilimitado, generoso, que jorra deste rapaz imparável, que se transfigura em palco e não se sujeita às idiotices engendradas por outros, medíocres, que ganham o seu pão inventando anormalidades que justifiquem os seus ordenados e que só servem para nos atrapalhar a vida.



Andrew Bird



Andrew Bird - Theatro Circo - Braga
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Andrew Bird
Foi ontem. Os bilhetes estavam comprados há muito tempo e era completamente impossível este rapaz escapar-me.
Andrew Bird, o virtuoso do violino, o tímido, aterrou no Theatro Circo completamente despido de qualquer outra companhia. O palco foi dele e mais uma vez tocou, cantou, assobiou e encantou a assistência fiel aqui do Norte que lhe acompanha a vida.
A sala que conheci em Junho de 2007 continua igual a si própria, bela e exuberante, acolhedora e confortável, ontem mais uma vez de lotação esgotada.
O palco, simples e despojado, com um cenário de cor única, ora verde, ora azul, ora vermelho, simples e sóbrio, deixou brilhar um Bird que chilreou e esvoaçou que se fartou em pleno palco, acompanhado dos seus múltiplos instrumentos que tocou alternadamente durante todo o concerto.
O violino, tocado ora como um violino, ora como um cavaquinho ou uma viola, deixou-me rever umas mãos extraordinariamente belas, cujos dedos, dançarinos, longos e finos, se passeiam sobre as cordas a uma velocidade verdadeiramente estonteante.
A voz continua magnífica e plena de cambiantes ora vigorosos, ora hesitantes, ora doces e ternos.
O assobio... ai o assobio.... o assobio continua espampanante de afinado, de melodioso, de poderoso, e ecoou forte e feio por aquela sala e parece até que me conseguiu acompanhar em viagem, madrugada fora, de regresso a casa, e ainda permanece aqui comigo. Permanece aqui comigo.
Desta vez deixei de ser totó.
" Informamos que devem desligar os telemóveis e relembramos que é proibido tirar fotografias durante o espectáculo."
Que se lixe! Pois transgredi! Mas o que é da vida sem sal? O que é da vida sem uma transgressão aqui e ali?
Por isso levei a máquina e tirei-lhe fotografias a rodos durante o concerto. Discretamente. E fotografei-o enquanto aquela silhueta frágil mas cheia de força descia calmamente as escadas, e sorriu para mim, nada, mas absolutamente nada incomodado com os disparos da minha Canon. E durante a sessão de autógrafos continuei a tirar-lhe fotografias, sem flash... para não incomodar este pássaro cansado ao fim de um espectáculo deveras esgotante que se prolongou por mais de duas horas. Mas como é que o rapaz pode engordar à volta com tanto instrumento?!
O concerto, bastante diferente do realizado em 2007, continuou-me a revelar um rapaz lindo, talentoso, capaz mesmo de voar em pleno palco entoando uma música impossível de catalogar a não ser em Andrew Bird.
Foi ele. Igual a si próprio. Em todo o seu esplendor. Por isso lhe agradeci a entrega total em palco enquanto lhe pedia mais um autógrafo.
Mas é tão óbvio que o rapaz ama aquilo que faz!
Por isso... até breve Andrew Bird!
Thank You por me alegrares os dias! Obrigada por me continuares a surpreender ao fim destes anos todos!
Partilho "Why?", uma música excepcional, já antiga, mas sempre reeinventada com estrondo.
E agora pergunto eu... amaste, Clapinho?

terça-feira, 26 de maio de 2009

Greve/CEFs


A Luta Continua - E.B 2,3 de Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Greve/CEFs

A greve passou quase despercebida na minha escola e a adesão foi, não tenho qualquer dúvida, insignificante, com a esmagadora maioria dos professores a manifestar a mais completa ignorância sobre o assunto.
Apesar de achar ridícula esta greve de 90 minutos, lá a fiz, porque tive mais uma oportunidade para manifestar o meu descontentamento, porque tive mais uma oportunidade para manifestar o meu mais profundo desagrado face às políticas deseducativas implementadas por esta governo e eu não perco uma oportunidade para continuar a dar o corpo ao manifesto na luta.
E, engraçado, mais uma vez fiz greve, tive falta, não vou ganhar o tempo, e vou ter de o leccionar na mesma porque faltei a uma turma de CEfs, no caso aos meus carpinteiros.
Os meus carpinteiros encontraram-me e quiseram saber porque faltava eu à aula se estava lá na ESA bem antes de tocar para dentro, que eles viram-me chegar.
E eu lhes expliquei que as pessoas devem ter posturas verticais e devem lutar por aquilo em que acreditam, que se não lutarmos por aquilo em que acreditamos num instantinho estarão a fazer de nós tapetes onde calmamente alguns limparão os pés.
"Se eu não lutar por aquilo em que acredito... quem lutará? O gato? O cão?"
"Pois", retorquiu um deles, "se não lutarmos pelos nossos interesses e deixarmos fazer tudo o que eles querem podemos correr o risco de acabar nos campos de morte!"
Pois. É verdade. Como tu já aprendeste a lição, João! Levado o exemplo ao extremo poderemos terminar todos nos campos de morte.
E, como sabes, já não seria a primeira vez.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Nota à Comunicação Social

Nota à Comunicação Social

NA PREPARAÇÃO DA GRANDE MANIFESTAÇÃO DE SÁBADO,
PROFESSORES PROTESTAM E LUTAM AMANHÃ, DIA 26

No próximo sábado, 30 de Maio, os professores e educadores portugueses voltam a desfilar em Lisboa, a partir das 15.00 horas, entre o Marquês de Pombal e os Restauradores.

Este regresso à rua, em que a grande acção convocada pela Plataforma Sindical dos Professores é a Manifestação de 30 de Maio, tem como objectivos principais:

- Exigir que o processo de revisão do Estatuto da Carreira Docente saia do marasmo criado pelo ME, que se mantém inflexível em relação aos aspectos essenciais, e que, na sua fase final, seja possível introduzir alterações significativas que dignifiquem e valorizem a carreira e o exercício da profissão docente;

- Exigir que o processo de revisão e substituição do modelo de avaliação em vigor se inicie de imediato, decorra num clima de efectiva negociação e que o processo em curso, este ano, seja suspenso, evitando que se degrade ainda mais o clima de insatisfação e conflito que existe nas escolas;

- Protestar, em final de ano lectivo e de Legislatura, pelas políticas educativas impostas pelo Governo que, em breve, cessará funções, cujas consequências têm sido as piores para a Educação, para as escolas e para os professores;

- Exigir, aos partidos políticos, a assunção de compromissos em relação ao futuro e à necessidade de ser profundamente alterado o rumo das políticas educativas, no sentido de salvaguardar os legítimos interesses da Escola Pública e os direitos dos docentes, dignificando e valorizando o seu exercício profissional e a sua carreira.

Com o objectivo de contribuir para a preparação desse grande acto público que será a Manifestação de dia 30 de Maio (próximo sábado), tem lugar amanhã, dia 26, uma jornada de protesto, luta e luto que, entre outras acções, inclui uma paralisação dos docentes nos dois primeiros tempos da manhã (até às 10.30 horas).

O Secretário-Geral da FENPROF, Mário Nogueira, acompanhará esta acção em Coimbra, na Escola EB2.3 Alice Gouveia, sede do respectivo Agrupamento, encontrando-se nessa escola a partir das 8.30 horas.

Convidam-se os(as) senhores(as) jornalistas para estarem presentes no local.

O Secretariado Nacional

Manif - 30 de Maio

Manif - 30 de Maio

Continuo a apelar a todos quantos não têm motivos verdadeiramente válidos, que sirvam como desculpa para não estarem presentes na próxima manifestação, que façam um favor a si próprios e se inscrevam para a dita.
Quem não sabe manter a coerência entre as palavras e os actos é um logro.


Manif - 30 de Maio



Manif - 30 de Maio

Eu vou. E tu?

domingo, 24 de maio de 2009

Ariel

Ariel

Será que com Ariel isto vai?
A propaganda diz que sim, que é apropriado para nódoas difíceis!

Petição

Petição

"Para remediar uma injustiça que nunca devia ter existido...
As antigas licenciaturas de CINCO anos ou bacharéis de TRÊS anos estãol egal e actualmente integradas num patamar inferior relativamente aos mestrados integrados pós-bolonha de CINCO anos e às licenciaturaspós-bolonha de TRÊS anos (por exemplo quando se candidata a trabalhos ou a bolsas de investigação ou concursos na função pública...)
NÃO TEM LÓGICA NENHUMA E É UMA INJUSTIÇA TOTAL.
Quem se sacrificou CINCO anos para tirar um curso tem ainda de realizar mais um mestrado de DOIS anos (SETE ANOS NO TOTAL) para chegar ao patamar dos pós-bolonha!
Haja paciência ou justiça!
DEMORA DOIS MINUTOS E FAZ TODA A DIFERENÇA.
ASSINA, SUBMETE E DEPOIS REENCAMINHA PARA O MÁXIMO DE PESSOAS !!!"

http://www.PetitionOnline.com/tratbol/

Nota - Com os meus agradecimentos a todos quantos me enviaram este mail.

Protesto

Protesto

Protesto dos Professores contra o modelo de avaliação do desempenho imposto pelo ME

Em breve ocorrerá, em todas as escolas não agrupadas e agrupamentos de escolas, a primeira fase do processo de avaliação do desempenho, tal como se encontra definido no Decreto Regulamentar 2/2008, de 10 de Janeiro. Trata-se, pois, da auto-avaliação que se concretizará com entrega da respectiva ficha.
Uma solução desqualificada e que não reflecte a opinião geral dos professores portugueses, mas que, contudo, constitui um dever profissional e que, por isso, deve ser considerada e cumprida.
Deveria o Governo ter compreendido que este será mais um momento de instabilidade que, num momento tão crucial como é o final do ano lectivo, se fará sentir nas escolas, mas foi insensível a mais esse problema. A FENPROF, respeitando as opiniões dos professores, designadamente materializadas em mais de um milhar de reuniões realizadas durante a semana de Consulta Geral, apela a que, no âmbito da luta que vimos desenvolvendo em defesa da nossa profissão e de uma avaliação de desempenho justa, exequível e pedagógica e cientificamente correcta, os professores e educadores, com a entrega da sua ficha de auto-avaliação, reafirmem o seu desacordo com este modelo de avaliação através da:
ENTREGA DE UM PROTESTO, COLECTIVO E/OU INDIVIDUAL
Contra o modelo de Avaliação do Desempenho em vigor, simplificado (apenas este ano lectivo) através do Decreto Regulamentar 1-A/2009, de 5 de Janeiro.Recordamos que está prevista a revisão do modelo de avaliação precisamente em Junho e Julho deste ano, ou seja, durante os meses em que a grande maioria dos docentes entregará a sua auto-avaliação. A ausência de qualquer protesto, nessa fase, levará o ME a concluir, ainda que abusivamente, que os docentes, afinal, já concordam com esta avaliação. Tentou fazer isso com a entrega da proposta de objectivos individuais e, por razões acrescidas, tentará que passe essa ideia, neste momento, com o objectivo de não alterar significativamente o modelo de avaliação, mas de apenas lhe introduzir alguns acertos que levem à sua consolidação. Está nas mãos dos professores pugnar por uma alteração profunda deste modelo de avaliação e, neste momento, a entrega deste protesto é fundamental, pois deixará claro que a entrega da ficha de auto-avaliação se deve ao facto de ser um acto obrigatório previsto na lei e não de qualquer acordo dos professores com o modelo imposto, através do ECD do ME.
Para tal, anexamos e disponibilizamos na página electrónica da nossa organização duas propostas de textos (uma de texto para ser subscrita por todos os professores/educadores de infância e outra para entrega individual, podendo, em cada escola, ser adoptadas as duas modalidades ou apenas a que se entender reunir um maior número de adesões). Estes textos, podem ou não ser adoptados na íntegra, ser modificados e acrescentados.
O importante é não deixarmos de fazer este PROTESTO. Este é mais um momento que deve unir todos os que discordam do inaceitável modelo de avaliação que o ME quer impor e da táctica que tem seguido para o tentar confirmar dentro das escolas.
A participação de todos é fundamental, faz parte da nossa luta, é sinal da nossa afirmação!
O Secretariado Nacional da FENPROF

http://www.fenprof.pt/Download/FENPROF/SM_Doc/Mid_115/Doc_4122/Anexos/Declaracao_individual.pdf

http://www.fenprof.pt/Download/FENPROF/SM_Doc/Mid_115/Doc_4122/Anexos/Declaracao_colectiva.pdf

sábado, 23 de maio de 2009

Once Upon a Potty

Once Upon a Potty

Uma aprendizagem que cada vez mais portugueses com responsabilidade parecem ter esquecido.
Preciso de ser mais explícita ou está bem assim?

Peixeirada/Malhação/Bastonadas

Peixeirada/Malhação/Bastonadas

Este país está pouco recomendável para cardíacos.
Para os saudáveis também não está melhor.
O outro gosta de malhar à esquerda. Este amarantino gosta de malhar à direita, à esquerda, atrás, à frente, para cima e para baixo... e tudo isto a torto e a direito!
Como diz o Clap... será que foi da água que Marinho Pinto bebeu lá em baixo, no fontanário do Arquinho?

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Programa de Festas

Programa de Festas

Sócrates Vaiado

Sócrates Vaiado

Foi hoje. Sócrates foi vaiado, com convicção, pelos estudantes. Recebeu mimos de fascista e perante isto fugiu pelas traseiras.
Palpita-me que começará a ser uma porta cada vez mais frequentada pelo "nosso" primeiro. Sairá mais vezes pela porta pequenina. Sairá mais vezes pela porta traseira.

 
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